Terapia Ocupacional no processo de envelhecimento e aposentadoria: construção de espaços saudáveis
DOI: 10.15343/0104-7809.200933.2.15
Palabras clave:
Terapia ocupacional. Envelhecimento. Aposentadoria.Resumen
Nas sociedades onde o valor das pessoas é mensurado através do que fazem para garantir a sua sobrevivência, o distanciamento
das atividades de trabalho pode representar uma profunda desorganização do cotidiano, com ausência de projetos, propósitos de vida,
e papéis sociais. Esta pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da aposentadoria sobre a identidade e subjetividade de uma idosa e
a consequência deste fato sobre outros papéis e atividades desempenhadas por ela e a contribuição da terapia ocupacional para a sua
inserção social. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada através de um estudo de caso no período de março de 2007 à janeiro de
2008, onde a queixa central da paciente foi a grande ruptura de seu cotidiano após a aposentadoria. As etapas das ações realizadas para
a coleta dos dados foram: etapa exploratória, planejamento, coleta de dados e evidências e análise dos resultados. Os resultados obtidos,
a partir deste trabalho, demonstram uma postura mais ativa da paciente através do engajamento em atividades significativas, resgate
de papéis sociais, diminuição dos sintomas psicossomáticos e da busca por consultas médicas, melhora na relação familiar, construção
de projetos de vida. Conclui-se que a intervenção do terapeuta ocupacional antes e após a aposentadoria, pode contribuir para um
envelhecimento ativo, através da ação transformadora das atividades realizadas no setting de Terapia Ocupacional.