Associação do grau de processamento de alimentos com o consumo de nutrientes e pressão arterial
DOI: 10.15343/0104-7809.20194302512529
Palabras clave:
Consumo de Alimentos. Alimentos Industrializados. Hipertensão. Meio Rural. Adultos.Resumen
São muitos os motivos desencadeadores da hipertensão arterial, mas dentre os fatores modificáveis, o estilo de vida inadequado está relacionado com a maior prevalência da doença. Portanto, objetivou-se avaliar a associação entre a ingestão de macro e micronutrientes e os níveis de pressão arterial com o grau de processamento de alimentos. Avaliou-se 64 adultos da área rural de Viçosa, Minas Gerais. O consumo alimentar foi avaliado pelo recordatório habitual no Software AVANUTRI, e os alimentos consumidos foram classificados em três grupos: in natura ou minimamente processados, processados e ultraprocessados. A pressão arterial foi aferida utilizando monitor de suflação automática. Os dados foram analisados no Software Stata por meio do teste t de student. A maioria da amostra foi constituída por adultos do sexo feminino (64,1%) e a média da pressão arterial sistólica foi de 122,8 mmHg (±17,1) e da diastólica 77,7 mmHg (±10,9). O grupo de alimentos in natura ou minimamente processados foi o responsável pela maior contribuição (85,2%) do aporte calórico médio (1.793,1 kcal/dia), enquanto que o consumo de alimentos ultraprocessados foi de apenas 7,7%. Ainda, houve maior ingestão de carboidrato, lipídio, colesterol, gordura poli-insaturada, vitamina E, potássio e sódio entre os indivíduos que consumiram apenas alimentos in natura ou minimamente processados. Já os indivíduos que não consumiram alimentos ultraprocessados apresentaram maior ingestão de vitamina E, e sódio. Conclui-se que houve associação entre o grau de processamento de alimentos com a ingestão de nutrientes, entretanto a mesma não foi verificada entre os níveis de pressão arterial.