Transtornos alimentares e fatores associados em bailarinos profissionais de dança clássica no Brasil
DOI: 10.15343/0104-7809.20194302456471
Palabras clave:
Transtono alimentar, imagem corporal, balé clássicoResumen
O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de sintomas de transtorno alimentar (TA) em bailarinos profissionais brasileiros de dança clássica de ambos os gêneros, bem como verificar possíveis associações entre sintomas de TA e as variáveis estudadas (idade, tempo de prática, IMC e satisfação com a imagem corporal). Participaram do estudo 105 bailarinos de ambos os gêneros de companhias de dança clássicas brasileiras. Para a coleta de dados utilizou-se um questionário auto aplicado, contendo questões sobre informações gerais e da prática, características físicas (massa corporal e estatura), imagem corporal (escala de silhuetas) e TA (EAT-26). Os dados foram analisados utilizando-se a estatística descritiva (frequência, média e desvio padrão) e inferencial não paramétrica (testes do Qui-quadrado, U de Mann- Whitney e Spearman Rank), e em todas as análises adotou-se como nível de significância p ≤0.05. Os resultados apontaram um IMC dentro da faixa de normalidade (20.18 kg/m2) e 74.3% de bailarinos estão insatisfeitos com a imagem corporal (60% insatisfeitos pelo excesso de peso e 14.3% insatisfeitos por excesso de magreza). Com relação aos sintomas de TA, 32.4% tem presença de sintomas, e em média, as bailarinas apresentam comportamentos relacionados à dieta e autocontrole alimentar. Foram encontradas diferenças significativas dos sintomas de TA relativamente ao tempo de prática para as bailarinas e faixa etária para os bailarinos. Desta forma, conclui-se os bailarinos clássicos apresentaram alta prevalência de presença de sintomas de TA, e que diferenças foram encontradas entre os gêneros quando associado ao tempo de prática e a faixa etária.