Ambientalismo e educação ambiental: dos discursos às práticas sociais

DOI: 10.15343/0104-7809.200630.4.1

Autores/as

  • Andréa Focesi Pelicioni Doutora em Saúde Pública pelo Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo. Especialista em Educação Ambiental pela Universidade de São Paulo e Macquarie University, Sydney, Austrália

Palabras clave:

Educação Ambiental, Representações Sociais, Práticas Ambientais

Resumen

Existe uma grande diversidade de representações sociais e práticas desenvolvidas no âmbito do Ambientalismo e da Educação
Ambiental - EA. Tomando como referenciais a classificação de tendências do Ambientalismo proposta por O’Riordan e a Teoria
das Representações Sociais de Moscovici, a autora apresenta pesquisa realizada em nível de doutorado que teve, entre seus objetivos, a
identificação de representações sociais e práticas em EA de um grupo de educadores(as) ambientais. A metodologia foi qualitativa tendo
como instrumentos questionários e entrevistas. Por meio da análise dos discursos foram identificados quatro tipos de representações
sociais a respeito dos objetivos e estratégias da EA frente à problemática socioambiental. Os dois primeiros atribuíam à EA o objetivo de
mudar atitudes e comportamentos individuais, porém o primeiro tinha um apelo racional e se aproximava da Educação Conservacionista.
O 2o, inspirado pelo ideário romântico do ambientalismo gaianista, privilegiava estratégias como o autoconhecimento, a integração com a
natureza e a valorização da afetividade. No 3o tipo, a EA deveria promover transformações no indivíduo e na sociedade, à semelhança do
ambientalismo ecossocialista. O 4o tipo atribuía à EA o objetivo de prover instrumentos de gestão ambiental, aproximando-se do ideário
do ambientalismo tecnocêntrico. Entre as práticas em EA relatadas verificava-se uma gradação entre aquelas cujo foco era o indivíduo
e sua relação com o mundo e outras cujo propósito era a resolução de situações-problema. A partir dos resultados pode-se concluir que
as práticas sociais baseadas nos princípios da Educação Crítica conferem maiores possibilidades de gerar transformações na sociedade
com vistas à melhoria da qualidade de vida.

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Publicado

2006-10-01

Cómo citar

Focesi Pelicioni, A. (2006). Ambientalismo e educação ambiental: dos discursos às práticas sociais: DOI: 10.15343/0104-7809.200630.4.1. O Mundo Da Saúde, 30(4), 532–543. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/672