Terapia nutricional parenteral em UTI: aplicação dos indicadores de qualidade
DOI: 10.15343/0104-7809.20094480487
Palabras clave:
Avaliação nutricional. Nutrição Parenteral. Qualidade da Assistência à Saúde.Resumen
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a Terapia Nutricional Parenteral (TNP) de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) adultos, com aplicação de indicadores de qualidade. Optou-se por um estudo retrospectivo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do
HU-USP . Foram levantados dados das fichas de acompanhamento nutricional, sendo aplicados os indicadores de qualidade de acordo com a
proposta da Força Tarefa em Nutrição Clínica (ILSI, 2008). Os dados foram descritos por distribuição de freqüência simples, média e desvio padrão
e processados no programa Excel®. A amostra estudada (N=25) foi composta de 64% de pacientes do gênero masculino, com idade média de 64,4
anos, sendo 96% pacientes cirúrgicos e 4% clínicos. O tempo médio de permanência na UTI foi de 21,8 dias (±9,8), com permanência média em
TNP de 16,6 dias (±13,11). A estimativa média das necessidades nutricionais foi de 24,41kcal/kg (± 2,87) para energia e 0,96 g/kg (± 0,14) para
proteínas. A adequação da fórmula parenteral considerando a relação administrado/prescrito foi de 96,87% para energia e 97,01% para proteínas.
A frequência de administração nutrição parenteral com aporte inadequado foi 11% para calorias e 11% para proteínas , sendo as metas propostas:
<11% e <20% respectivamente. Com relação a análise dos exames bioquímicos, 74% dos pacientes apresentavam todos os exames antes do início
da TNP. Do total de pacientes, 44% evoluíram para a via oral (meta >30%). Concluiu-se que a aplicação dos indicadores de qualidade permitiu
a avaliação da TNP com a perspectiva de elaboração de estratégias para melhor adequação da TNP na prática clínica.