Intervenção fisioterapêutica nas emergências cardiorrespiratórias
DOI: 10.15343/0104-7809.20094457466
Palabras clave:
Fisioterapia em emergência. Complicações cardiorrespiratórias. Pronto atendimento.Resumen
O serviço de emergência é a porta de entrada do paciente no hospital. A primeira especialidade de Fisioterapia nessa área teve início
no Hospital São Paulo - UNIFESP, em 2007. A atuação do fisioterapeuta nesse setor proporciona um atendimento mais rápido e eficiente, reduz o
tempo de intubação, de ventilação mecânica, de complicações respiratórias e diminui o tempo de internação hospitalar. Os objetivos deste estudo
foram avaliar a frequência dos atendimentos fisioterapêuticos em uma unidade de emergência de um hospital público e analisar os procedimentos
realizados, o perfil do paciente atendido, o tempo de permanência no setor e sua evolução. Foi um estudo prospectivo, transversal e observacional,
realizado no período de maio a junho de 2009, para o qual foram acompanhados todos os pacientes que deram entrada no Serviço de Emergência
do Hospital São Paulo/UNIFESP, com problemas pulmonares e cardiovasculares. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro
Universitário São Camilo, parecer n. 054/09. Foram avaliados 192 pacientes, com idade média de 65 anos, sendo 51% do sexo feminino. Os diagnósticos
de entrada mais frequentes foram precordialgia em 35 (18%) casos, pneumonia em 29 (15%) casos e Insuficiência cardíaca congestiva
descompensada em 20 (10%) casos. A maioria dos pacientes (64%) permaneceu menos de 24 horas na sala de emergência. Dos 192 pacientes, 109
(57%) tiveram acompanhamento fisioterapêutico, 77 pacientes (40%) necessitaram de oxigenoterapia, 24 (12,5%) de ventilação mecânica invasiva,
34 (18%) utilizaram ventilação não-invasiva, 50 pacientes (26%) realizaram fisioterapia respiratória, 83 (43%) não realizaram nenhum procedimento
de fisioterapia e 30 (15,5%) foram submetidos à intubação orotraqueal. Em relação à evolução, observamos que 35% foram transferidos para a UTI,
29%, para a enfermaria, 25% tiveram alta hospitalar e 11% foram a óbito. Diante desses dados verificamos que o atendimento de Fisioterapia em
setores de emergência ainda é pequeno, porém existe uma grande demanda de pacientes com problemas respiratórios e cardiovasculares graves
que podem se beneficiar dessa especialidade, que hoje é uma importante área de atuação a ser explorada.