Tratamento da lipoatrofia facial em pessoas vivendo com HIV/AIDS: afastando o preconceito e melhorando a qualidade de vida

DOI: 10.15343/0104-7809.20102210217

Autores/as

  • Andréia Campos Matos Centro Universitário São Camilo-SP, Brasil.
  • Rafaela Scotto Boletini Centro Universitário São Camilo-SP, Brasil.
  • Thalitta Cristina Keating Centro Universitário São Camilo-SP, Brasil.
  • Norma Fumie Matsumoto Centro Universitário São Camilo-SP, Brasil.
  • Maria Ângela Gandolpho Enfermeira graduada pela Universidade Federal de São Paulo. Mestre pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Palabras clave:

AIDS. Lipoatrofia Facial. AIDS - preconceito.

Resumen

Nos dias atuais observamos um maior controle da AIDS, com o advento da terapêutica anti-retroviral, mas os portadores do vírus HIV
continuam suscetíveis a uma série de conseqüências físicas, psicológicas e sociais. Uma delas é a lipoatrofia facial, causada pala terapêutica antiretroviral,
que causa modificações intensas no rosto. Um tratamento proposto e disponibilizado pelo SUS, neste caso, é o polimetilmetacrilato para
o preenchimento cutâneo. Este artigo é o resultado de uma pesquisa que objetivou conhecer o sentimento do portador de HIV/AIDS em relação
a lipoatrofia facial e o significado de ter realizado o preenchimento facial.o estudo foi desenvolvido através de metodologia qualitativa, com
uma amostra intencional de oito indivíduos que se submeteram à terapêutica de preenchimento cutâneo. O tratamento dos dados foi realizado
através do Discurso do Sujeito Coletivo e pudemos encontrar como resultados dois momentos importantes. O primeiro relacionado à presença da
lipoatrofia facial, onde as ideias centrais demonstram a redução da autoestima, insatisfação com a autoimagem, além de medos e inseguranças
gerados pelos estigmas e discriminação contra HIV/AIDS. Em contrapartida a esse sentimento negativo, o preenchimento facial, se torna um
marco importante e positivo, com o retorno da autoestima e melhora da autoimagem e melhora da adesão medicamentosa. Pudemos concluir
que o oferecimento gratuito desse tratamento da lipoatrofia facial, aumentou a qualidade de vida desses portadores de HIV/AIDS, pois melhorou
a aparência “distorcida”, ajudando-os a recuperar sua identidade e dignidade, preservando-os da discriminação e preconceito.

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Publicado

2010-04-01

Cómo citar

Campos Matos, A. ., Scotto Boletini, R. ., Keating, T. C. ., Fumie Matsumoto, N. ., & Gandolpho, M. Ângela . (2010). Tratamento da lipoatrofia facial em pessoas vivendo com HIV/AIDS: afastando o preconceito e melhorando a qualidade de vida: DOI: 10.15343/0104-7809.20102210217. O Mundo Da Saúde, 34(2), 210–217. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/626