Metais em águas, sedimentos e peixes coletados no estuário de São Vicente-SP, Brasil

DOI: 10.15343/0104-7809.20113516

Autores/as

  • Carolina Almeida do Carmo UNESP
  • Denis Moledo de Souza Abessa UNESP
  • Joaquim Gonçalves Machado Neto UNESP

Palabras clave:

Brasil - Baixada Santista. Contaminação das águas. Metais.

Resumen

O estuário de São Vicente, situado na Baixada Santista, vem apresentando níveis crescentes de poluição, causados pelo avanço da urbanização e
instalação de fontes poluidoras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição de alguns metais (ferro, cromo, níquel, zinco, manganês e cobre) em diferentes
compartimentos ambientais que compõem o ecossistema aquático dos estuários dos rios Branco e Mariana, localizados no estuário de São Vicente. Foram
analisadas amostras de águas, sedimentos e tecidos branquiais e hepáticos de paratis (Mugil curema) coletados nesses dois rios. A determinação dos metais nas
amostras foi realizada em Espectrofotômetro de Absorção Atômica GBC®. As concentrações médias de cromo, níquel e zinco nas águas de ambos os rios estiveram
acima dos limites estabelecidos pela legislação brasileira para águas salobras, no entanto os níveis de metais foram mais elevados nas amostras do Rio Mariana.
Nos sedimentos, as maiores concentrações ocorreram nas amostras provenientes do Rio Branco, que inclusive ultrapassaram os valores orientadores propostos
pela legislação internacional: Cu, Ni e Zn ultrapassam os limiares de efeito tóxico - TEL, enquanto para o Cr, o nível de efeito provável – PEL, foi ultrapassado.
Nos tecidos dos peixes, Fe, Cr e Ni apresentaram maior acúmulo nas brânquias, enquanto Zn, Mn e Cu ocorreram em maiores concentrações nos fígados, o que
está relacionado com os mecanismos de depuração implicados com os diferentes elementos. Na maioria dos casos, os peixes dos dois rios apresentaram níveis
similares de metais em seus tecidos, porém os animais do Rio Branco tiveram maiores concentrações de Fe e Cu, enquanto aqueles do Rio Mariana apresentaram
maiores teores de Mn nas brânquias. Não foi possível estabelecer relações entre a contaminação ambiental e os metais nos tecidos dos peixes, porém os valores
encontrados nas amostras de água, sedimentos e tecidos são maiores do que os descritos pela literatura e mostram uma situação preocupante, que requer a
identificação e o controle das fontes poluidoras.

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Publicado

2011-01-01

Cómo citar

Almeida do Carmo, C. ., Moledo de Souza Abessa, D. ., & Gonçalves Machado Neto, J. (2011). Metais em águas, sedimentos e peixes coletados no estuário de São Vicente-SP, Brasil: DOI: 10.15343/0104-7809.20113516. O Mundo Da Saúde, 35(1), 64–70. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/576