Avaliação da qualidade ambiental do rio Itaguaré, Bertioga-SP, com base em testes de toxicidade e indicadores microbiológicos de balneabilidade
DOI: 10.15343/0104-7809.20113515563
Palabras clave:
Meio ambiente - toxicidade. Qualidade ambiental. Processos microbiológicos.Resumen
De acordo com as Resoluções CONAMA n. 274/2000 e n. 357/2005, indicadores de balneabilidade e toxicidade devem ser avaliados em um corpo receptor
aquático com objetivo de prever e evitar efeitos adversos à saúde humana e à biota aquática. O presente trabalho avaliou a qualidade das águas do rio Itaguaré
(Bertioga-SP) em cinco pontos distintos, os quais se diferenciam quanto à ocupação de suas margens. Para tal, foram realizados ensaios ecotoxicológicos, mensuração
da concentração de coliformes termotolerantes e parâmetros físico-químicos. Foram realizados ensaios de toxicidade aguda conforme ABNT 12713 (2004) e crônica,
conforme ABNT 13373 (2005) utilizando-se cladóceros como organismos-teste, além da mensuração de coliformes termotolerantes por meio da técnica de tubos
múltiplos conforme APHA (2005), para detecção e quantificação de poluição fecal por animais homeotérmicos. Os resultados indicaram toxicidade aguda no Rio
Itaguaré apenas no outono nos pontos 1, 2 e 3, enquanto que a toxicidade crônica foi observada em todas as estações nos pontos 1 e 2; e, em todos os pontos (1, 2,
3, 4 e 5) na primavera e outono. Os níveis de coliformes termotolerantes demonstraram baixas concentrações que permitiram a classificação quanto à balneabilidade
como excelente ou muito boa conforme CONAMA n. 274/2000. No entanto, houve maiores concentrações de coliformes nos pontos 1 e 2 durante todos os meses
onde também se observou toxicidade. Esses resultados sugerem a presença de efluentes domésticos causando alterações significativas na qualidade da água nesses
pontos 1 e 2, localizados próximos à Rodovia Manoel Hypólito do Rego.