Retrato do teste rápido para HIV/AIDS, sífilis e hepatites virais em gestantes
DOI: 10.15343/0104-7809.20194302281305
Palabras clave:
Testes Sorológicos. Gestantes, Atenção Primária à Saúde. Transmissão Vertical de Doença Infecciosa. Cuidado Pré-natal.Resumen
A importância epidemiológica e social do mecanismo de transmissão vertical para a saúde pública é indiscutível, e como estratégia para garantir a integralidade do cuidado, a testagem rápida foi descentralizada para a atenção básica. Assim sendo, esta pesquisa objetivou identificar as características sociodemográficas e comportamentais das gestantes testadas para HIV/AIDS, sífilis, hepatite B e C em Manaus, no ano de 2014, sendo realizada a partir de dados secundários nas unidades de saúde cadastradas e habilitadas para realizar a testagem rápida. Foram identificadas 2.186 Fichas de Atendimento de mulheres, sendo 86,3% gestantes e 13,7% não gestantes e, das 38 unidades cadastradas e consideradas aptas, constatou-se que em 13 (34,2%) o exame não estava sendo coletado. Com relação às características sociodemográficas, identificou-se que 43,1% das gestantes apresentavam faixa etária entre 21 e 40 anos, 53,6% afirmaram estar casadas e/ou em união estável e 1/3 apresentavam de 8 a 11 anos de estudo, sendo 47,6% da cor parda. Já nos aspectos comportamentais, 52,9% das gestantes tomaram conhecimento sobre a oferta do teste rápido durante as consultas de pré-natal, 67,9% declararam preferência sexual por homens, e, predominantemente, foi mencionado o uso inconstante do preservativo com as parcerias fixas e eventuais. Das 1.886 gestantes que realizaram o teste rápido, 12 (0,6%) obtiveram resultado positivo para sífilis; 18 (1,0%) para HIV/AIDS; 2 (0,1%) para hepatite B e 5 (0,3%) para hepatite C. Dessa forma, destaca-se como estratégia que o teste rápido seja ofertado ainda no momento do acolhimento na unidade de saúde, alcançando, assim, uma parcela maior da clientela assistida.