A comunicação terapêutica como fator de humanização da Atenção Primária
DOI: 10.15343/0104-7809.2012363502506
Palabras clave:
Comunicação. Terapêutica. Atenção Primária à Saúde. Humanização da Assistência.Resumen
É natural e intrínseco da natureza humana o ato de se comunicar. A linguagem constrói códigos e possibilidades de compartilhamento
de ideias, pensamentos e emoções entre os indivíduos e suas formatações cognitivas, culturais, psíquicas
e afetivas. O que parece ser tão natural, na verdade envolve um refinado e complexo processo de vivências e aprendizagens,
que na área da saúde assume proporções imprescindíveis na relação entre profissional da saúde e paciente, por
definir em grande parte o cuidado humanizado. Dessa forma, a comunicação não pode ser uma barreira, ao contrário, ela
deve abrir caminhos para o adequado acolhimento na atenção primária com base na escuta atenta e no vínculo empático
entre o paciente e a equipe de saúde. A comunicação com proposta terapêutica realinha o encontro do profissional de
saúde com o usuário para seu eixo mais crucial: uma relação interpessoal quando um e outro se encontram e se tratam
como pessoas dignas, em uma relação de ajuda. Com este princípio, a comunicação torna-se fator de humanização na
atenção à saúde por favorecer o entendimento e a reciprocidade dos conteúdos que envolvem o significado da doença e
as atitudes coerentes perante o tratamento e a promoção da saúde e da vida. O desafio consiste em encontrar mediações
técnicas com a competência humana para a construção de novas posturas onde a comunicação e o cuidado não sejam
negados, mas concretizados da melhor forma possível. Deve ser uma prática fundamentada na combinação de direitos e
responsabilidades, em que a ética do cuidado assume uma posição essencial.