(Em defesa dos) Cuidados Paliativos na Atenção Primária à Saúde
DOI: 10.15343/0104-7809.2012363433441
Palabras clave:
Atenção Primária à Saúde. Cuidados Paliativos. Psicologia. Saúde da Família. Saúde Pública.Resumen
Um dos princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS) é a integralidade da assistência, o que significa considerar a
integralidade do sujeito, dos serviços e dos cuidados – que deveria incluir necessariamente os cuidados no final da vida.
Nosso objetivo foi analisar o processo de trabalho de profissionais da saúde que atuam na Saúde da Família / Atenção
Primária e já cuidaram de pessoas em processo de morte, a fim de traçar possíveis contribuições para a área de Saúde Pública
no que se refere à implantação dos Cuidados Paliativos na Atenção Primária. Apresentamos os dados que se referem
às seguintes temáticas: Projeto Terapêutico Singular (PTS); qualidade de morte como meta do PTS (finalidade do trabalho);
modos de fazer da equipe (o vínculo como condição para a pactuação). Participaram dessa pesquisa onze profissionais
da saúde (quatro enfermeiros e sete médicos) vinculados à Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Campinas-
-SP. A partir das entrevistas realizadas, a análise de dados foi pautada pelo referencial teórico-metodológico da Psicologia
sócio-histórica. Fez-se uma análise da atividade desenvolvida pelos profissionais, articulando-a com as especificidades
que envolvem o cuidado das pessoas em processo de morte. Como resultado, teve-se que o planejamento das ações em
saúde é orientado pelo Projeto Terapêutico Singular, com ênfase para o diagnóstico social e a necessidade do vínculo para
pactuação. Entende-se que a finalidade dessa atividade do profissional da saúde seja promover a dignidade e a qualidade
de vida no processo de morte, entretanto, defende-se que o cuidado integral deva incluir, além do cuidado da pessoa e
sua família, a defesa do pleno desenvolvimento humano, em todas as fases da vida.