Repensando a Humanização do Sistema Único de Saúde à luz das Redes de Atenção à Saúde
DOI: 10.15343/0104-7809.2012363397406
Palabras clave:
Atenção Básica à Saúde. Doença Crônica. Rede de Atenção à Saúde. Humanização da Assistência.Resumen
O artigo é uma proposta de discussão teórica sobre a política de humanização na saúde. Parte da constatação de que
existe uma transição epidemiológica onde a predominância já não são as doenças infectocontagiosas, mas as doenças
crônicas de cunho metabólico. O sistema, no entanto, não está preparado para acompanhar as pessoas em suas condições
crônicas, porque está organizado para eventos agudos espontâneos ou para eventos frutos de situações de cronicidade.
Por isso as respostas aos problemas em geral não são adequadas, colocando o sistema em crise por falta de resolutividade
para o tratamento das condições crônicas. Esse fato aponta para a necessidade de construir uma clínica que consiga dar
conta de acompanhar as pessoas no cotidiano da sua condição crônica. Um dos dispositivos acionadores dessa clínica,
conjugando diretrizes de autonomia e de corresponsabilização, é o projeto terapêutico formulado para cada usuário em
sua situação peculiar de saúde. Esse projeto exige ser pensado como linha de cuidado que depende das interfaces com a
rede de atenção. Esse novo contexto do atendimento coloca novos desafios para a humanização que não pode se reduzir
à ferramenta do acolhimento, precisando incluir também o autocuidado acompanhado, dependente de respostas da rede
de atenção à saúde.