Análise de indicações de cesárea em uma maternidade pública de risco habitual do sul do Brasil
DOI: 10.15343/0104-7809.20194303650665
Palabras clave:
Cesárea. Classificação. Saúde materna.Resumen
A Organização Mundial de Saúde recomenda a Classificação de Robson1 como instrumento padrão para classificar as indicações de cesáreas. O objetivo do estudo foi analisar indicações de cesáreas em maternidade pública de risco habitual de Curitiba, capital do Paraná-Brasil. Trata-se de pesquisa documental retrospectiva, transversal, de abordagem quantitativa. Os dados sobre condições clínicas e antecedentes obstétricos foram coletadas em prontuários de 186 mulheres submetidas a cesáreas, bem como dos motivos para a sua indicação, entre agosto de 2017 a janeiro de 2018. Os dados foram submetidos à análise de frequências. Os grupos de maior concentração de cesáreas foram: Grupo 5 (31,2%) de multíparas com cesárea anterior, e os Grupos 2 (26,3%) e 4 (14%), respectivamente, de nulíparas e multíparas sem cesárea anterior, cujos partos foram induzidos ou a cesárea ocorreu antes do início do trabalho de parto. Os principais motivos para as cesáreas relacionaram-se a intercorrências do trabalho de parto, como a apresentação pélvica e a falha na indução ao parto; a condições maternas, como a iteratividade e desproporção cefalopélvica; e a condições fetais, em que se destaca o sofrimento fetal e outras condições associadas. A análise da contribuição de cada grupo no total de cesáreas, associada à análise dos motivos destas, registrados nos prontuários, fornecem subsídios clínicos e legais para justificar ou recomendar a adequada indicação deste procedimento, com vista à assistência obstétrica segura e de qualidade, centrada na mulher, em suas condições clínicas e antecedentes obstétricos, e fundamentada em evidências científicas e atuais.