Padrões sexuais em estudantes de Medicina - um olhar Bioético
DOI: 10.15343/0104-7809.20194303601621
Palabras clave:
Sexualidade, Bioética, Medicina, Educação em Saúde.Resumen
Há uma escassez de estudos empíricos sobre o ensino da sexualidade humana nos currículos médicos, com desconhecimento a respeito de como a sexualidade é ensinada, quais conteúdos são trabalhados e como são ofertados. A emergência da sexualidade, para uma porção significativa dos universitários, ocorre no curso superior, o que aumenta a importância da educação sexual para esse grupo, em especial para os estudantes da área da saúde, mesmo constituindo apenas uma pequena parcela de nossa população jovem, que deverão tratar do tema com seus futuros pacientes. A presente pesquisa objetivou estabelecer as diferenças sexuais entre os estudantes de ambos os sexos em todo curso médico. Procurando avaliar a prevalência de comportamentos sexuais e disfunções sexuais nesta comunidade, e por fim analisar do ponto de vista bioético os padrões sexuais dos alunos. Fazendo uso de questionários gerais e específicos para ambos os sexos para avaliação e confronto dos mesmos. Como resultado, foram aplicados 120 questionários, nos 3º anos de medicina das Universidades públicas de um Estado do Nordeste Brasileiro, representando 100% da amostra. De acordo com o Índice de Exposição Sexual (IES), 35% do sexo feminino predominou na faixa de baixa exposição a riscos. Já o sexo masculino predominou na faixa de média exposição, correspondendo a 24,16% do total da população-alvo. Aplicando o teste Qui-quadrado para o grupo B versus A, obteve um p= 8x10-4, X2= 15 e OR=1,7. Por fim, nota-se a necessidade da abordagem deste tema na pauta de inserção curricular, porém mais estudos se fazem necessários para aplicação desse modelo.