Presença de organoclorados em amostras de água e ostras Crassostrea sp. do município de Cananeia-SP
DOI: 10.15343/0104-7809.20143801066074
Palabras clave:
Crassostrea. Inseticidas Organoclorados. Poluentes. Meio Ambiente.Resumen
A ostra do mangue Crassostrea sp. é utilizada neste trabalho como organismo bioacumulador, para o monitoramento
da presença de agrotóxicos organoclorados e seus metabólitos DDT, DDD, DDE e o fungicida HCB, visando avaliar seu
impacto. Por ser um local de grande importância ecológica, no ecossistema do Complexo estuarino-lagunar de Cananeia
ocorrem diversos ambientes aquáticos sujeitos a contaminação pelas atividades humanas. Dentro dessa região foram escolhidos
quatro pontos de coleta de água e organismos, com algumas mudanças no tabuleiro por parte dos maricultores,
devido às estações do ano, já que no inverno ocorre queda na produção das ostras. Organismos aquáticos sésseis como as
ostras ficam expostos constantemente. Sendo um organismo filtrador, as ostras podem bioconcentrar esses contaminantes.
Neste estudo, verificou-se a possibilidade de contaminação não apenas das ostras, mas também da água, utilizando a
metodologia de extração líquido-líquido, com o detector μECG, por meio de cromatografia gasosa. No caso das ostras, a
metodologia utilizada foi USEPA 8081B (2007) e também a cromatografia gasosa. Assim, este estudo avaliou a presença
dos organoclorados na água e nos organismos de criadouros, estabelecidos na área delimitada, avaliando a possibilidade
de danos ao meio ambiente e a saúde pública por esses contaminantes. Os resultados obtidos foram negativos, não
detectando a presença de agrotóxicos organoclorados em ostras. Porém, em algumas amostras de água, foi detectado a
presença desses agrotóxicos.