Farinha de banana verde não altera perfil lipídico e inflamatório de mulheres com excesso de peso
DOI: 10.15343/0104-7809.20153902174181
Palabras clave:
Peso Corporal. Musa. Fibras na Dieta. Inflamação. Lipídeos.Resumen
A prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como as dislipidemias, o excesso de peso e as complicações rela-
cionadas ao estado inflamatório têm aumentado em todo o mundo. Neste cenário, produtos alimentícios com alegações
benéficas no tratamento e/ou prevenção destas condições surgem como promessas, muitas vezes, sem respaldo científi-
co. A farinha de banana verde (FBV) tem ganhado espaço na mídia como uma possível promotora de efeitos positivos à
saúde, mas não existem estudos controlados sobre seus reais efeitos em humanos. O objetivo deste trabalho foi analisar
os impactos do consumo da FBV no peso corporal, perfil lipídico, parâmetros inflamatórios e no consumo alimentar de
mulheres adultas com excesso de peso. Foi realizado um estudo de intervenção no qual 25 mulheres adultas com excesso
de peso consumiram, diariamente, 20g de FBV, durante 45 dias. O protocolo do estudo incluiu avaliações antropométricas,
de composição corporal, consumo alimentar, perfil lipídico e determinação de parâmetros inflamatórios séricos. A idade
média das participantes foi 34 anos, com Índice de Massa Corporal médio de 27,7 kg/m². O consumo da FBV não alterou
o peso, a composição corporal, o perfil lipídico e os parâmetros inflamatórios. Houve aumento na ingestão de fibras (varia-
ção no consumo mediano de 12,72g para 14,16g; p=0,031), embora a necessidade nutricional deste nutriente não tenha
sido alcançada (25g/dia). O consumo isolado da FBV não promoveu alterações corporais e metabólicas significativas. A
adoção de medidas isoladas oferece efeitos limitados e deve ser desencorajada como única forma de melhora da saúde.