Influência infantil nas compras de alimentos ultraprocessados: interferência do estado nutricional

DOI: 10.15343/0104-7809.20153903345353

Autores/as

  • Tailane Scapin Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC, Brasil.
  • Caroline Camila Moreira Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC, Brasil.
  • Giovanna Medeiros Rataichesck Fiates Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC, Brasil.

Palabras clave:

Criança. Comportamento Alimentar. Alimentos Ultraprocessados. Sobrepeso. Obesidade.

Resumen

A criança atua como consumidora influenciadora, direcionando as escolhas dos pais na compra de alimentos em benefício
próprio. Entre os alimentos influenciados estão os ultraprocessados, os quais apresentam alta densidade energética, teores
elevados de gordura, açúcar ou sal e escassez de fibras. O aumento no consumo desses alimentos, aliado ao declínio do
nível de atividade física, explicam, em partes, as crescentes prevalências de sobrepeso e obesidade infantil, observadas nas
últimas décadas. O objetivo deste estudo foi então, investigar a influência de crianças nas compras familiares de alimentos
ultraprocessados relacionando com o estado nutricional infantil. Estudo transversal, de abordagem quanti-qualitativa, foi
realizado com 187 pais de escolares de sete a dez anos matriculados na rede pública de ensino de Florianópolis/SC, no
ano de 2011. Foi enviado questionário autoaplicável aos pais e realizada antropometria com os escolares para avaliação do
estado nutricional. Praticamente um terço (32,6%) dos escolares apresentou excesso de peso. Dos 187 pais entrevistados,
181 relataram comprar alimentos a pedido dos filhos, sendo que pais de escolares com excesso de peso o faziam com
maior frequência (diferença não significante). Os pais citaram 446 alimentos como sendo os mais pedidos pelos filhos,
84,3% dos quais foram classificados como ultraprocessados. Os pais de escolares com excesso de peso relataram que
seus filhos pediam 23% mais alimentos ultraprocessados do que os pais daqueles sem excesso de peso. O resultado não
foi significante, indicando apenas uma tendência, mas sugerindo que os pais têm dificuldade em resistir aos pedidos dos
filhos. Ações que informem e orientem os pais quanto à influência dos filhos nas compras de alimentos seriam importantes
para instrumentalizá-los no enfrentamento da situação.

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Publicado

2015-07-01

Cómo citar

Scapin, T. ., Moreira, C. C. ., & Rataichesck Fiates, G. M. (2015). Influência infantil nas compras de alimentos ultraprocessados: interferência do estado nutricional: DOI: 10.15343/0104-7809.20153903345353. O Mundo Da Saúde, 39(3), 345–353. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/320