As Redes de Atenção à Saúde e a integralidade no cuidado das pessoas vivendo com HIV e Aids
DOI: 10.15343/0104-7809.20194304916942
Palabras clave:
Serviços de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Rede de Cuidados Continuados de Saúde, HIV, Síndrome de Imunodeficiência AdquiridaResumen
O panorama de cronicidade da Aids permite um manejo de pacientes estáveis, com uso de antirretrovirais. Com isso, alguns municípios brasileiros iniciaram o processo de descentralização do cuidado para a Atenção Primária a Saúde. A clareza sobre a distribuição dos equipamentos de saúde de um território é essencial para identificar a possibilidade do trabalho descentralizado. Objetivou-se caracterizar a distribuição espacial das instituições municipais da Atenção Primária à Saúde e outras, do município de São Paulo, potenciais para o atendimento das pessoas que vivem com HIV. Foi realizado estudo exploratório, a partir de técnica de geoprocessamento com a ferramenta on line a dados de fontes secundárias. As regiões Sul e Sudeste são as mais populosas e também registram o maior número de diagnósticos e de equipamentos de saúde, dentre os 817 serviços mapeados no município. Observou-se que áreas periféricas não contam com serviços especializados. A região Centro tem a melhor proporção entre população e unidades básicas, seguida pela Oeste, Sudeste, Norte, Leste e Sul. Em relação à proporção entre pessoas com HIV e Unidades Básicas, a mesma classificação se repete, apesar da discrepância da região centro para as demais. Conclui-se que a distribuição espacial das instituições municipais de saúde pode ser considerada potencial para o início de um processo de descentralização, embora apresente regiões com menor cobertura em saúde. No entanto, há que se investir na qualificação profissional e reestruturação física.