Influência do comportamento e percepção materna sobre a alimentação e estado nutricional dos filhos
DOI: 10.15343/0104-7809.20174102180193
Palabras clave:
Comportamento alimentar; estado nutricional; criança.Resumen
As mães exercem grande responsabilidade sobre alimentação e comportamento alimentar durante a infância. O
presente estudo objetivou analisar as atitudes e percepção materna sobre a alimentação e estado nutricional da criança.
Selecionou-se uma amostra não probabilística de 116 mães e respectivos filhos, que frequentam Unidades Básicas
de Saúde da Prefeitura de São Paulo. Aplicou-se a Escala de Comportamento dos Pais durante a Refeição (ECPDR)
e o Questionário de Alimentação da Criança (QAC) para as mães. Avaliou-se a idade, renda, escolaridade e estado
nutricional das mães e filhos e associações entre estas características e os escores da ECPDR e QAC por meio de
regressão linear. Analisaram-se correlações entre a ECPDR e QAC pelo teste de Spearman e entre estado nutricional
das mães e filhos pelo Qui quadrado de Pearson. Verificou-se que 71,5% das mães e 57,7% dos filhos apresentaram
excesso de peso. As atitudes maternas positivas mais presentes segundo ECPDR foram: disponibilidade diária de frutas
e hortaliças, limite de guloseimas e persuasão positiva; e as negativas: modelo de guloseima, uso de recompensas
e oferecimento de muitas opções alimentares. Pelo QAC, os mais presentes: responsabilidade percebida quanto à
alimentação da criança, monitoramento exercido sobre o consumo de alimentos saudáveis, restrição de alimentos não
saudáveis e pressão para comer. Houve correlação moderada entre estado nutricional da mãe e do filho. Concluiu-se
que as atitudes e percepções maternas relacionadas à alimentação dos filhos variam em função de seu próprio estado
nutricional e o da criança.