Síndrome de burnout: prevalência em profissionais da saúde que atuam na área de oncologia
DOI: 10.15343/0104-7809.201740A447460
Palabras clave:
Saúde do Trabalhador. Esgotamento Profissional. Estresse. Oncologia.Resumen
Os profissionais da saúde que atuam na área de assistência são responsáveis pelo cuidado contínuo dos pacientes e, por isso, estão mais vulneráveis ao burnout. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de estresse em profissionais da saúde e analisar a qualidade de vida e o nível de ansiedade e depressão entre esses indivíduos. Foi realizado estudo transversal, com profissionais que atuam na área assistencial de unidade de oncologia, de ambos os sexos, maiores de 18 anos e que aceitaram participar da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os participantes preencheram ficha de avaliação e responderam ao questionário de qualidade de vida SF-36, à Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e ao Inventário de Burnout de Maslach (MBI). Foram avaliados 54 profissionais, predominando sexo feminino e faixa etária jovem. Ao comparar qualidade de vida e nível de ansiedade ou depressão entre os diferentes subgrupos de funcionários, foi possível observar que nas dimensões de exaustão emocional e baixa realização profissional os indivíduos com maior grau de estresse apresentaram pior qualidade de vida e maior nível de ansiedade e depressão. Para a dimensão de despersonalização, apenas a ansiedade se mostrou maior nos indivíduos com grau moderado de estresse. Este estudo demonstrou que muitos profissionais possuem grau moderado ou alto de estresse profissional e que isso se associou com maior ansiedade e depressão e pior qualidade de vida. Esses resultados podem fornecer conhecimentos úteis para melhorar a saúde física e mental dos profissionais da área da saúde.