Interações medicamentosas potenciais entre pacientes idosos internados em um hospital universitário
DOI: 10.15343/0104-7809.20174104625632
Palabras clave:
Interações de Medicamentos. Idoso. Hospitais.Resumen
O envelhecimento da população está intimamente ligado ao consumo de uma maior quantidade de medicamentos e, por consequência, associada à maior ocorrência de interações medicamentosas. O objetivo do presente trabalho foi analisar a frequência de interações medicamentosas potenciais em idosos internados. Trata-se de um estudo descritivo transversal realizado em um hospital universitário. A coleta de dados foi realizada através de prontuários dos pacientes. Os medicamentos foram agrupados conforme a classificação Anatômico Terapêutico Químico e para a análise das interações foi utilizado o banco de dados Micromedex®. Foram analisados 258 pacientes com média de idade de 71,9 anos e a maioria mulheres (52,7%). O número de medicamentos prescritos variou de 2 a 16, sendo a média por paciente de 6,8. Os medicamentos mais envolvidos nas interações pertenciam ao sistema cardiovascular (38,6%). Foram identificadas 65,5% de interações medicamentosas potenciais nas prescrições avaliadas, sendo na sua maioria classificadas como gravidade moderada (75,3%). As interações de ação farmacocinética corresponderam a 65,4% das prescrições e a hipotensão e hipercalemia corresponderam a 30,7% das reações adversas a medicamentos possíveis de serem induzidas por interações medicamentosas. O manejo clínico de maior frequência foi a monitorização de sinais e sintomas (65,7%), sendo que a monitorização da pressão arterial correspondeu a 21,8% do total. Este trabalho evidenciou os riscos de interações medicamentosas em idosos hospitalizados, ressaltando a importância de auxiliar as equipes de saúde para minimização de problemas relacionados a medicamentos.