Apresentação das mulheres profissionais de enfermagem que atuaram na Pandemia de COVID-19, no ano de 2021, e suas percepções sobre a Enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.15343/0104-7809.202347e15112023PPalabras clave:
Covid-19, Enfermagem, Identidade de Gênero, TrabalhoResumen
A enfermagem brasileira é marcada pela divisão social dos seus profissionais (enfermeiros, técnicos e auxiliares), 85% são do sexo feminino, portanto o gênero se destaca no perfil do corpo trabalhador e nas demandas políticas da categoria, principalmente sob o cenário de uma crise de saúde pública, como a Pandemia de Covid-19. Com isso, essa pesquisa possui o objetivo de apresentar as mulheres profissionais de enfermagem que atuaram na assistência no 2º ano da pandemia de Covid-19 no Brasil, e suas percepções sobre a profissão. É um estudo qualitativo realizado através de questionários respondidos por 100 mulheres de forma virtual. A amostra é de uma maioria de enfermeiras, brancas, casadas ou em união estável, com faixa etária entre 20 e 40 anos, com filhos, da região sudeste, atuando em instituições públicas e com apenas um vínculo empregatício. Ao comparar o 1º e 2º ano de pandemia, 41% declaram uma piora devido ao relaxamento das medidas de proteção pela população e pelos profissionais. 36% declaram melhora associada à organização efetiva da assistência. Para a pergunta “O que é enfermagem para você?” foram recorrentes as falas que descreveram um compromisso que supera a condição profissional. A pandemia trouxe para o debate civil a importância do cuidado em saúde diante do enfrentamento dessa nova doença que aprofundou os abismos sociais existentes no país. Esse cenário pode ter provocado a necessidade da adesão de uma visão mais sentimentalista para a descrição da profissão como estratégia para resiliência emocional frente ao sofrimento.
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