Estilo de vida e controle da pressão arterial na Estratégia Saúde da Família em Pernambuco, Brasil
DOI: 10.15343/0104-7809.20184201199213
Palabras clave:
Hipertensão. Fatores de Risco. Atenção Primária à Saúde.Resumen
O controle da pressão arterial (PA) – abaixo de 140 mmHg para a PA sistólica e 90 mmHg para a PA diastólica, conforme os parâmetros da Sociedade Brasileira de Hipertensão – reduz o risco de complicações da hipertensão. No entanto, esse controle permanece insatisfatório em muitos hipertensos. Com o objetivo de evidenciar o tamanho do problema e os fatores associados, analisou se o controle da pressão arterial e sua associação com características socioeconômicas, demográficas, de estilo de vida e de orientações profissionais recebidas, em uma amostra aleatória de 784 hipertensos atendidos na Estratégia de Saúde da Família (ESF) no estado de Pernambuco. A variável dependente foi o controle da PA; as variáveis independentes foram idade, sexo, escolaridade, renda familiar mensal, ocupação, atividade física, seguimento de dieta para perder peso, tabagismo, frequência do consumo de bebidas alcoólicas, ter sido perguntado e/ou orientado sobre: atividade física, alimentação saudável, necessidade de perder peso, hábitos de tabagismo e consumo de álcool. Utilizou-se os testes qui-quadrado e t de Student para as análises estatísticas. Observou-se que 43,1% dos hipertensos estavam com a PA controlada. O controle foi mais observado em mulheres (p<0,001), pessoas mais jovens (p=0,003), com maior escolaridade (p<0,001), que tinham sido perguntadas e/ou orientadas sobre a realização de atividade física (p=0,017) e a necessidade de perder peso (p=0,045). Não houve relação entre controle da PA e características do estilo de vida. Esses resultados apontam para a necessidade de investimentos em ações que qualifiquem a atuação dos profissionais na ESF, para o maior controle da pressão arterial dos hipertensos.