Medicamentos para hipertensão de pacientes em hemodiálise em Cáceres - Mato Grosso, Brasil
DOI: 10.15343/0104-7809.20184201158180
Palabras clave:
Hipertensão. Diálise renal. Perfil de saúde.Resumen
A pressão arterial em hemodialisados é de difícil controle. O uso adequado de anti-hipertensivos, associado a um bom controle da volemia, constituem-se nas medidas mais apropriadas para o controle da pressão arterial nestes pacientes. O objetivo é descrever as principais classes medicamentosas utilizadas para o controle da hipertensão e descrever o perfil epidemiológico dos pacientes renais crônicos em hemodiálise no município de Cáceres-MT no ano de 2014. Estudo epidemiológico descritivo, transversal, com pacientes em hemodiálise que dialisaram no ano de 2014 no município de Cáceres, por meio dos registros em prontuários de um total de 17.134 sessões de hemodiálise de 133 pacientes. A maioria é do sexo masculino, da raça negra, casados, com média de idade de 55 anos, com nefroesclerose hipertensiva como doença de base. A principal comorbidade é a diabetes mellitus; 80% tem diagnóstico de doença renal crônica em estágio final; a média de tempo em hemodiálise (sobrevida) foi de 4,8 anos e 78,6% são hipertensos. Entre os hipertensos 41,8% utilizam combinação de dois anti-hipertensivos e 32,6% utilizam monoterapia; a classe dos inibidores adrenérgicos foi utilizada em 27,1% e 12,5% receberam diuréticos. Verificou-se média de sobrevida de 5,2 anos para os hipertensos. A terapêutica medicamentosa utilizada para controle da pressão arterial atende as recomendações internacionais em 81,6% dos casos. As características dos pacientes em tratamento são comuns a outras localidades do país. A média de sobrevida do grupo de pacientes hipertensos foi maior que do grupo de não hipertensos.