Segurança alimentar e consumo de frutas e vegetais entre pré-escolares: estudo exploratório durante a pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.15343/0104-7809.202347e14552022PPalabras clave:
Insegurança Alimentar, Hortaliças, Nutrição, CriançaResumen
Estudos que avaliem a insegurança alimentar e sua associação com o consumo de frutas, legumes e verduras (FLV) podem auxiliar na identificação de grupos e fatores de risco para um consumo alimentar inadequado, a fim de propor intervenções nutricionais assertivas. O objetivo deste estudo foi descrever o consumo de FLV por crianças em diferentes situações de segurança alimentar. Trata-se de um estudo exploratório de caráter transversal, conduzido com pais/ responsáveis de 44 crianças de zero a quatro anos. A versão curta da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e um Questionário de Frequência Alimentar foram aplicados aos pais/responsáveis via entrevista telefônica. As crianças tinham em média 2,6 anos, 56,8% eram do sexo feminino, 67,5% estavam eutróficas, e 70,5% das famílias estavam em situação de insegurança alimentar. Para os domicílios em situação de segurança alimentar, a mediana de consumo de FLV foi 213,4 g/dia (P25=97,89; P75=425,91). Já aqueles em situação de insegurança alimentar, a mediana de FLV foi de 105,4 g/dia (P25=33,58; P75=205,16). Concluiu-se que o consumo de FLV pelas crianças de famílias em situação de segurança alimentar é superior ao das crianças em situação de insegurança alimentar, as quais são fortemente influenciadas pela oferta de alimentos baratos e de baixa qualidade nutricional. Políticas públicas são necessárias para favorecer a garantia de acesso à FLV de qualidade e com custo acessível a todas as famílias.
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