Fatores associados a mortalidade por causas externas em Unidade de Terapia Intensiva
10.15343/0104-7809.202246458474P
Palabras clave:
Causas externas. Assistência Hospitalar. Mortalidade. Unidades de Terapia Intensiva. Epidemiologia.Resumen
A transição demográfica e epidemiológica no Brasil, é marcada pelo crescente número de ocorrência de causas externas, o que gera um impacto financeiro para o Sistema Único de Saúde devido ao aumento de internações hospitalares, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva. Este estudo teve como objetivo analisar os fatores associados à mortalidade por causas externas em unidade de terapia intensiva. Trata-se de uma pesquisa transversal, com base em dados secundários, realizada nas Unidades de Terapia Intensiva no ano de 2019. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, para verificação dos fatores associados à mortalidade hospitalar utilizou-se o teste Qui-quadrado de Pearson. Identificou-se 267 (26,72%) internações na Unidade de Terapia Intensiva, das quais 49 (18,4%) evoluíram a óbito. Verificou-se associação do óbito com as variáveis: sexo (p=0,003), faixa etária (p<0,001), cidade de residência (p=0,041), natureza da lesão (p=0,005), região corporal afetada (p=0,023), tempo de permanência na UTI (p=0,024), tempo para admissão na UTI (p< 0,001), Escala de Coma de Glasgow (p< 0,001), Richmond Agitation Sedation Scale (p= 0,021), ventilação mecânica invasiva (p< 0,001), tempo de ventilação mecânica invasiva (p< 0,001), drogas vasoativas (p< 0,001), insuficiência renal aguda (p=0,002), sonda vesical de demora (p< 0,001), sonda gástrica (p< 0,001), cateter venoso central (p< 0,001) e pressão arterial invasiva (p< 0,001). Identificou-se que os fatores associados à mortalidade por causas externais em UTI estão relacionados ao perfil sociodemográfico, as características referentes ao evento e a assistência.
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