Ocorrência de enteroparasitas antes e durante a pandemia da COVID-19 em Nina Rodrigues, Maranhão - Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15343/0104-7809.202347e14032022PPalabras clave:
Doenças parasitárias, Pesquisas epidemiológicas, Saúde públicaResumen
Parasitoses intestinais são infecções no trato gastrointestinal, por protozoários e/ou helmintos e representam um agravo à saúde pública, mas apesar dessa problemática, foram notificadas menos do que seria esperado devido a pandemia da COVID-19. O objetivo desse estudo foi verificar a ocorrência de enteroparasitas antes e durante a pandemia da COVID-19 em pacientes atendidos no laboratório do hospital de Nina Rodrigues, Maranhão. Foi realizado um estudo tranversal, descritivo e quantitativo, sendo analisados os exames dos anos de 2019 e 2020, coletados do banco de informações do hospital em agosto de 2021. Os dados foram inseridos no programa STATA 14.0 para análise. Em 2019 foram realizados 632 exames, e 2020 um total de 161, as mulheres e os adultos de meia idade (31-59 anos) foram os que mais realizaram exames, em relação aos laudos positivos, 18,51% e 26,09% apresentavam pelo menos um tipo de parasita em 2019 e 2020, respectivamente. O parasita mais ocorrente foi Entamoeba coli e 66,48% dos laudos tinham a presença de mais de um parasita, sendo a associação mais observada E. coli + Entamoeba histolytica. Nota-se que apesar do período pandêmico de 2020 ter sido realizado menos exames parasitológicos de fezes em comparação o período de 2019, é possível constatar que há uma ocorrência razoável de enteroparasitas na população de Nina Rodrigues, com um alto índice de indivíduos com biparasitismo. Assim, torna-se necessário a implementação de medidas que visem o diagnóstico e o tratamento dos infectados, e medidas de prevenção para minimizar a transmissão.
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