Ações de educação alimentar e nutricional baseadas no método intuitivo de Pestalozzi

10.15343/0104-7809.202145424439

Autores/as

  • Lidiane Batista Fernandes Universidade Federal de Lavras - UFLA, Lavras/MG, Brasil.
  • Monique Louise Cassimiro Inácio Universidade Federal de Ouro Preto- UFOP, Ouro Preto/MG, Brasil
  • Gustavo dos Santos Carvalho Universidade Federal de Lavras - UFLA, Lavras/MG, Brasil.
  • Marina Luiza Benedito Machado Universidade Federal de Lavras - UFLA, Lavras/MG, Brasil.
  • Luiz Henrique Rezende Maciel Universidade Federal de Lavras - UFLA, Lavras/MG, Brasil.
  • Michel Cardoso de Angelis Pereira Universidade Federal de Lavras - UFLA, Lavras/MG, Brasil.

Palabras clave:

Promoção da saúde. Comportamento alimentar. Vulnerabilidade social.

Resumen

As intervenções de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) tem sido cada vez mais imprescindíveis nos espaços de construções educativas para crianças e adolescentes, exigindo propostas de metodologias inovadoras, que considerem fatores psicossociais e culturais envolvidos na formação de padrões alimentares. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi realizar intervenções de EAN baseadas no Método Intuitivo proposto por Johaan Henrich Pestalozzi (1746-1827), nunca antes aplicado a essa temática. E também identificar a relação entre a cor de pele e as condições socioeconômicas dos participantes. Esse método envolve exercícios de aprendizagem da forma, número e linguagem como elementos que devem estar ligados à observação do objeto ou conteúdo. As intervenções foram conduzidas em crianças e adolescentes de diferentes condições socioeconômicas praticantes de duas modalidades esportivas distintas. O estudo foi realizado com 60 alunos sendo 40 atletas da ginástica artística (grupo A) e 20 atletas do taekwondo (grupo B). Foi conduzido em três etapas: avaliação inicial, intervenções elaboradas a partir do Guia Alimentar para a População Brasileira e avaliação final. A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) foi aplicada aos responsáveis dos alunos para avaliar a situação de Insegurança Alimentar (IA) da família. Das famílias participantes do grupo B, 62,5% encontravam-se em IA. Após as intervenções, houve redução significativa no consumo de alimentos ultraprocessados pelo grupo A (p=0,034), enquanto no grupo B, houve aumento no consumo de alimentos in natura (p=0,022). O Método Intuitivo foi efetivo em ambos os grupos, independentemente das condições socioeconômicas, apresentando como proposta eficiente para as ações de EAN.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

1. Food And Agriculture Organization Of The United Nations (FAO). FAO School Food and Nutrition Framework. Roma, 2019. 40 p. Acesso em 3 de outubro de 2019.Disponível em: http://www.fao.org/publications/card/en/c/CA4091EN/
2. Frederick CB, Snellman K, Putnam RD. Increasing socioeconomic disparities in adolescent obesity. PNAS. 2014;111(4):1338-1342. https://doi.org/10.1073/pnas.1321355110
3. Census Tract Level State Maps of the Modified Retail Food Environment Index (MRFEI). 2011.
4. Miranda JMDQ, Ornelas EDM, Wichi RB. Obesidade infantil e fatores de risco cardiovasculares. Rev ConScientiae Saúde.São Paulo, 2011;10(1):175-180. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=92917188022.
5. Reis CEG, Vasconcelos IAL, Barros JFDN. Políticas públicas de nutrição para o controle da obesidade infantil. Rev Paulista de Pediatria.São Paulo, 2011;29(4): 625-633. https://doi.org/10.1590/S0103-05822011000400024.
6. Weih L C, Nehrring C M, Weih C B. A educação problematizadora de Paulo Freire no processo de ensino-aprendizagem com as novas tecnologias. Brazilian Journal of develpment. 2020; 6(7): 44497-44507. https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-171
7. Fernandes AMM, Marinho GO, Batista MV, Gislene FO. O Construtivismo na Educação. Revista multidisciplinar e de psicologia 2018; 12(40). ISSN: 1981-1179.
8. Oliveira MA. A escola elementar de Pestalozzi e Calkins: como ensinar número?. Rev Linhas. Florianópolis, 2015;16(31): 173-201. http://dx.doi.org/10.5965/1984723816312015173.
9. Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília, DF, 2012.
10. Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a População Brasileira. Brasília, DF, 2014.
11. Santos LP, Lindermann IL, Motta JVDS, Mintem G, Bender E, Gigante D P. Proposta de versão curta da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Rev de Saúde Pública. 2014;48(5):783-789. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005195.
12. Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, 2017.
13. Hume C, Ball K, Salmon J. Development and reliability of s self-report questionnaire to examine children’s perceptions of the physical activity environment at home and in the neibourhood. Internatinal Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity. 2006; 3(1); 16-16. http://dx.doi.org/10.1186/1479-5868-3-16.
14. Lohse B, Cunningham-Sabo, Walters LM, Stacey JE. Valid and reliable measures of cognitive behaviors toward fruits and vegetables for children aged 9 to 11 years. Journal of Nutrition Education and Behavior. 2011; 43(1): 42-9. http://dx.doi.org/10.1016/j. jneb.2009.12.006.
15. Framson C, Kristal AR, Schenk JM, Littman AJ, Zeliadt S, Benitez D. Development and validation of the mindful eating questionnaire. Journal of the American Dietetic Association.
2009 Aug;109(8):1439-44. http://dx.doi.org/10.1016/j.jada.2009.05.006.
16. Incontri, D. Pestalozzi: Educação e ética. São Paulo. Scipione, 1997.
17. World Health Organization 5-19 Child Growth Standards based on BMI/age, Height/age, Weight/age. Acta paediatrica (Oslo, Norway: 1992) Supplement. 2007;450:76-85. https://doi.org/10.1111/j.1651-2227.2006.tb02378.x
18. Carril LFB. Quilombo, favela e periferia: a longa busca da cidadania.1ª ed, São Paulo: Anablumme; 2006.
19. Borelli, E. Vulnerabilidades sociais e juvenil nos mananciais da zona sul da cidade de São Paulo. Rev Katál. Florianópolis. 2012;15(1): 62-69 https://doi.org/10.1590/S1414-49802012000100006.
20. Prefeitura De Lavras. Os desafios da implementação do sistema único de assistência social nos municípios: entre o pacto federativo e as articulações intersetoriais. Acesso em 4 de outubro de 2019. Disponível em: http://pml.lavras.mg.gov.br/.
21. Guerra LDS, Espinoza MM, Bezerra ACD, Guimarães LV, Lima-Lopes MA. Insegurança alimentar em domicílios com adolescentes da Amazônia Legal Brasileira: prevalência e fatores associados. Cadernos de saúde pública. 2013; 29(2): 335-348.https://doi.org/10.1590/ S0102-311X2013000200020.
22. Santos LP, Gigante DP. Relação entre insegurança alimentar e estado nutricional de crianças brasileiras menores de cinco anos. Revista brasileira de epidemiologia. 2013; 16(4): 984 -994.https://doi.org/10.1590/S1415-790X2013000400018.
23. Brasil. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Legislação básica do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília, DF, 2017.
24. Walsh CM, Van Rooyenn FC. Household food security and hunger in rural and urban communities in the Free State Province, South Africa. Ecology Food Nutrition. 2015;52:118-123.https://doi.org/10.1080/03670244.2014.964230.
25. Tarasuk V, St Germain AA, Mitchell, A. Geographic and socio-demographic predictors of household food insecurity in Canada, 2011–12. BMC Public Health. 2019;19:12.https://doi.org/10.1186/s12889-018-6344-2.
26. Marin-Leon L, Francisco PMSB, Segall-Corrêa AM, Panigassi G. Bens de consumo e insegurança alimentar: diferenças de gênero, cor de pele autorreferida e condição socioeconômica. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2011;14: 398-410.https://doi.org/10.1590/ S1415-790X2011000300005
27. Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada. A nova plataforma da vulnerabilidade social: primeiros resultados do índice de vulnerabilidade social para a série histórica da PNAD (2011-2015) e desagregações por sexo, cor e situação de domicílios; relatório institucional. Rio de Janeiro: Ipea, 2015.
28. Drumond AM, Silveira SDFR, Rodrigues AC, Lage MLDC. Análise do Desempenho do Programa Lares Habitação Popular do Estado de Minas Gerais. In: XXXV ENCONTRO DA ANPAD. Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro, set/ 2011. Disponível em: http://www. anpad.org.br/abrir_pdf.php?e=MTMwNDQ=
29. Pereira KH, Teixeira TLA. O lazer nos conjuntos habitacionais: uma utopia compartilhada. In: 4º Fórum Habitar 2017. Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte nov/2017.
30. Kuchenbecker J, Reinbott A, Mtimuni B, Krawinkel M, Jordan I. Nutrition education improves dietary diversity of children 6-23 months at community-level: Results from a cluster randomized controlled trial in Malawi. Plos one. 2017;12(4):e0175216.https://doi. org/10.1371/journal.pone.0175216.
31. Meiklejohn S, Ryan L, Palermo C. A systematic review of the impact of multi-strategy nutrition education programs on health and nutrition of adolescents. Journal of Nutrition Education and Behavior. 2016; 48(9): 631-646.https://doi.org/ 10.1016/j.jneb.2016.07.015.
32. Herbert J, Flego A, Gibbs L, Waters E, Swinburn B, Reynolds J, Moodie M. Wider impacts of a 10-week community cooking skills program - Jamie’s Ministry of Food, Australia. BMC Public Health. 2014;14:1161.https://doi.org/10.1186/1471-2458-14-1161
33. da Silva MX, da Costa JD, Uehara A, de Freitas, ECB, Pierucci, APTR, Porto CPM. Projeto piloto: considerações de alunos do ensino fundamental sobre método de educação alimentar. Revista Em Extensão, 2013; 12(2), 51-63.
34. da Silva MX, Serapio J, da Rocha Pierucci APT, Pedrosa C. (2014). Nutrição escolar consciente: estudo de caso sobre o uso de oficinas de culinária no ensino fundamental. Ciências & Cognição, 2014; 19(2).
35. da Silva MX, de Oliveira Brandao BC, Accioly E, da Rocha Pierucci APT, Pedrosa, C. Can food education in public schools improve knowledge about food and promote the acceptance of meals planned by the National School Feeding Program?. Demetra: Food, Nutrition & Health/Alimentação, Nutrição e Saúde, 2017; 12(4).
36. Alves WO. Pestalozzi: Um romance pedagógico. Rio de Janeiro: Ed. Ide, 2014.

Publicado

2021-11-12

Cómo citar

Batista Fernandes, L. ., Cassimiro Inácio, M. L., dos Santos Carvalho, G., Benedito Machado, M. L., Rezende Maciel, L. H., & de Angelis Pereira, M. C. (2021). Ações de educação alimentar e nutricional baseadas no método intuitivo de Pestalozzi: 10.15343/0104-7809.202145424439. O Mundo Da Saúde, 45, 424–435. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1196

Número

Sección

Articles