Prática de exercícios físicos e sintomas de depressão em universitários
DOI: 10.15343/0104-7809.20184203710727
Palabras clave:
Exercícios Físicos. Depressão. Estudantes.Resumen
A literatura sugere que a interrupção da prática regular de exercícios físicos pode favorecer o aparecimento de sintomatologia depressiva. Esta pesquisa investigou a relação entre sintomas de depressão e o padrão de atividade física em universitários atendidos pelo núcleo de assistência psicológica ao estudante de uma universidade pública paulista, entre os anos letivos de 2014 e 2015. Foi realizado um levantamento das fichas cadastrais da clientela cadastrada pelo núcleo, para coleta de informações sobre características sociodemográficas, padrão de atividade física e desempenho dos estudantes no Inventário de Depressão de Beck (segunda edição, BDI-II). Dentre os entrevistados, 38,9% apresentaram pontuação na faixa grave do Inventário. A prática regular de exercícios físicos foi informada por 36,2% dos estudantes; 30,8% relataram não praticar exercícios físicos e 33,1% informaram o abandonado da prática esportiva. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre as médias dos escores dos três grupos de estudantes no inventário de depressão. Houve diferença limítrofe (p=0,084) entre as médias de praticantes e ex-praticantes, o que pode ser devido a variáveis de natureza diversa. Novos estudos ainda são necessários para confirmação desses resultados. O conhecimento sobre este assunto pode embasar ações preventivas e terapêuticas em saúde mental, com características especificamente delineadas a essa clientela. Estratégias como fornecimento de informação e conscientização dos estudantes sobre a relação entre saúde mental e aspectos do estilo de vida, por exemplo, sedentarismo e atividade física, sono regular e alimentação (entre outros), poderiam ser utilizadas com essa finalidade.