Práticas de nutrição enteral em recém-nascidos prematuros da unidade neonatal de uma maternidade pública
DOI: 10.15343/0104-7809.20184203696709
Palabras clave:
Recém-nascido prematuro. Nutrição enteral. Unidades de Terapia Intensiva NeonatalResumen
O objetivo do estudo foi avaliar as práticas de terapia nutricional enteral em recém-nascidos prematuros. Estudo observacional longitudinal onde foram acompanhados prospectivamente todos os recém-nascidos prematuros internados na UTI neonatal no período de abril a agosto de 2012. Foram avaliadas as seguintes práticas nutricionais: tempo para início da terapia nutricional enteral, tempo para atingir a nutrição enteral plena, complicações relacionadas à nutrição enteral, tipo de dieta no início da nutrição trófica e na alta hospitalar. Utilizou-se a correlação de Pearson para avaliar o grau de correlação entre duas variáveis contínuas, sendo considerado como nível de significância estatística o valor de p < 0,05. A média de início da terapia nutricional enteral foi de 22,4 (DP + 29,8) horas e o tempo médio para instituir nutrição enteral plena foi de 9,5 (DP + 3,2) dias. Os recém-nascidos com menor peso, idade gestacional e apgar de 1° minuto tiveram o maior tempo de início da terapia nutricional enteral (r = - 0,58; r = - 0,55; r = - 0,55; p < 0,001). Houve correlação positiva (r = 0,41; p < 0,026) entre o início da terapia nutricional enteral e tempo de permanência na UTI neonatal. Embora avanços em relação ao início da terapia nutricional enteral em recém-nascidos prematuros tenham sido constatados, nota-se que a progressão dessa terapia ainda é lenta, o que dificulta um aporte pleno mais efetivo. Ainda existe uma grande variação na abordagem nutricional aos recém-nascidos prematuros. Sendo assim, a construção de protocolos nutricionais e a constituição de equipe multiprofissional de terapia nutricional têm sido sugeridos pela literatura.