Avaliação do estado Nutricional de Gestantes Adolescentes: análise de dados secundários
10.15343/0104-7809.202145283290
Palabras clave:
Gestante. Estado nutricional. Vigilância nutricional.Resumen
A gravidez na adolescência envolve aspectos relacionados a diferentes causas, no entanto, é um problema de saúde pública à medida que implica em riscos à saúde do binômio mãe/filho com impacto socioeconômico. Este estudo objetivou descrever o estado nutricional de gestantes adolescentes usuárias de serviços públicos de saúde registrado no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Web no ano de 2018 segundo as regiões do Brasil, região Sul do país e regiões de saúde do Estado de Santa Catarina. Trata-se de um estudo epidemiológico de delineamento ecológico, descritivo, cujo público foram gestantes adolescentes atendidas na atenção básica do Sistema Único de Saúde no ano de 2018. A variável avaliada foi o índice de massa corporal classificando o estado nutricional em baixo peso, adequado e excesso de peso. Foram analisados dados de 137.273 gestantes adolescentes no ano de 2018 nas cinco regiões do Brasil, sendo 11.417 na Região Sul do país e 2.538 no Estado de Santa Catarina. Verificou-se que a região Sul apresentou significativamente menor percentual de baixo peso quando comparado as demais regiões. Ao analisar a adequação do peso das gestantes, obteve-se a seguinte sequência significativamente diferente com relação a prevalência entre as regiões: Norte > Sul > Centro-Oeste e Nordeste (iguais entre si) >Sudeste. Quanto ao excesso de peso, não houve diferenças estatísticas entre o Centro-Oeste, Nordeste e Sul do país, sendo as mais prevalentes entre as regiões. Os dados da região Sul apontam prevalência igual entre os Estados para baixo peso e eutrofia e quanto ao excesso de peso, Paraná apresentou um valor percentual significativamente menor quando comparado ao Rio Grande do Sul e igual a Santa Catarina. O estado nutricional das gestantes adolescentes catarinenses segundo as regiões de saúde mostra as desigualdades regionais, excesso de peso no Alto Uruguai Catarinense e o baixo peso predominante na Serra Catarinense. Ressalta-se a importância do acompanhamento pré-natal por equipe multiprofissional destacando a necessidade da realização de educação alimentar e nutricional e investimentos em ações que proporcionem e incentivem a atividade física em locais seguros e de fácil acesso a este grupo populacional, principalmente na região Sul do país.
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Citas
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