Estado antropométrico pré-gestacional e peso ao nascer: Coorte NISAMI

10.15343/0104-7809.202145233241

Autores/as

  • Bruna Cunha Girardi *Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Santo Antônio de Jesus/BA. Brasil
  • Luana Dourado Silva *Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Santo Antônio de Jesus/BA. Brasil
  • Adailton Alves da Costa Filho *Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Santo Antônio de Jesus/BA. Brasil
  • Cinthia Soares Lisboa *Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Santo Antônio de Jesus/BA. Brasil
  • Jerusa da Mota Santana *Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Santo Antônio de Jesus/BA. Brasil
  • Djanilson Barbosa dos Santos *Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Santo Antônio de Jesus/BA. Brasil

Palabras clave:

Peso ao nascer. Fatores de risco. Recém-nascido. Gestante. Estudo de coorte.

Resumen

O objetivo do estudo foi analisar a relação entre o Índice de Massa Corporal pré-gestacional (IMCpg) e peso do recém-nascido no município de Santo Antônio de Jesus-BA. Estudo de coorte prospectivo, com 185 gestantes e seus respectivos recém-nascidos, atendidas nas Unidades Básicas de Saúde, de abril de 2012 a novembro de 2013. O IMC pré-gestacional foi realizado com dados do peso referido e estatura aferida no dia da aplicação do questionário. O teste de Kolmogorov– Smirnov foi realizado para análise da normalidade dos dados. Estimou-se a associação entre o estado nutricional pré-gestacional e os desfechos perinatais, por meio do Risco Relativo e intervalo de confiança de 95%. Das 185 mulheres, 44,9% iniciaram a gestação com algum desvio ponderal. As mulheres com baixo peso e sobrepeso apresentaram associação positiva para peso insuficiente ao nascer (<3000g), sendo as com baixo peso (RR=2,2; IC95%=0,5-9,5) e sobrepeso (RR=1,1; IC95%=0,5-2,6), enquanto as obesas apresentaram associação negativa (RR=0,8; IC95%=0,3-2,7). Apenas as mulheres com baixo peso apresentaram risco para baixo peso ao nascer (RR=3,1; IC95%=0,3-30,7). Esses dados revelam que o estado antropométrico pré-gestacional influencia no desenvolvimento da gestação e as inadequações nutricionais configuradas em períodos anteriores à concepção são considerados fatores determinantes para o peso da criança. Os desvios ponderais pré-gestacionais apresentaram associação positiva com o peso inadequado ao nascer, o que sugere a necessidade de cuidados nutricionais pré-concepcionais. Assistência à saúde a mulheres em idade fértil poderá auxiliar em melhores desfechos gestacionais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

1. Silva SL, Bresani-Salvi CC, Caminha MFC, Figueiroa JN, Filho MB. Classificação antropométrica de gestantes: comparação entre cinco métodos diagnósticos utilizados na América Latina. Rev Panam Salud Publica. 2017; 41(85):1-9. DOI: 10.26633/RPSP.2017.85.
2. World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of report anthropometry – report of a WHO Expert Committee. Geneva. WHO. 1995. Disponível em: https://www.who.int/childgrowth/publications/physical_status/en/
3. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento 12. de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde. 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf
4. Santana JM, Assis AMO, Alves WPO, Santos DB. Associação entre ganho ponderal na gestação e peso ao nascer: Coorte NISAMI. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2020; 20 (2). DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042020000200005 .
5. Moreira ALM, Sousa PRM, Sarno F. Baixo peso ao nascer e seus fatores associados. Einstein. 2018;16(4):1-6. DOI: https://doi. org/10.31744/einstein_journal/2018ao4251
6. Silva DG, Macedo NB. Associação entre ganho de peso gestacional e prognóstico da gestação. Sci Med. 2014;24(3):229-36. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042019000100006.
7. Santos EMF, Amorim LP, Costa OLN, Oliveira N, Guimarães AC. Perfil de risco gestacional e metabólico no serviço de pré-natal de maternidade pública do Nordeste do Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2012; 34(3):102-6. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100- 72032012000300002.
8. Souto da Silva, S., Santos, F.D.D., & Coca Leventhal, L.. (2011). Nascimento de recém-nascidos de baixo peso em instituição filantrópica terciária do Município de Piracicaba. Enfermería Global, 10(23), 61-75. DOI: https://dx.doi.org/10.4321/S1695-61412011000300006
9. Shun YH, Choi SJ, Kim KW, Yu J, Ahn KM, Kim HY, et al. Association between Maternal Characteristics and NeonatalBirth Weight in a Korean Population Living in the Seoul Metropolitan Area, Korea: A Birth Cohort Study (COCOA). J Korean Med Sci. 2013 Apr;28(4):580-5. [English]. DOI: 10.3346/jkms.2013.28.4.580
10. Pedraza DF. Baixo peso ao nascer no brasil: revisão sistemática de estudos baseados no sistema de informações sobre nascidos vivos. Revista de Atenção à Saúde. 2014;12(41):37-50. DOI: https://doi.org/10.13037/rbcs.vol12n41.2237.
11. Lansky S, Friche AAL, Silva AAM, Campos D, Bittencourt DAS, Carvalho ML, et al. Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido. Cad Saúde Pública. Rio de Janeiro. 2014;30:192-207. DOI: https:// doi.org/10.1590/0102-311X00133213.
12. Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília. 2012. Disponível em: http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf
13. Sato APS, Fujimori E. Estado Nutricional e ganho de peso de gestantes. Rev Latino-Am Enfermagem. 2012;20(3):1-7. DOI: https:// doi.org/10.1590/S0104-11692012000300006.
14. Oliveira ACM, Pereira LA, Ferreira RC, Clemente APG. Estado nutricional materno e sua associação com o peso ao nascer em gestações de alto risco. Ciênc saúde coletiva. 2018; 23(7):2373-2382. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018237.12042016.
15. Santos MMAS, Baião MR, Barros DC, Pinto AA, Pedrosa PLM, Saunders C. Estado nutricional prégestacional, ganho de peso materno, condições da assistência pré-natal e desfechos perinatais adversos entre puérperas adolescentes. Rev Bras Epidemiol. 2012;15(1):143-54. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2012000100013.
16. Francisqueti FV, Rugolo LMSS, Silva EG, Peraçolli JC, Hirakawa HS. Estado nutricional materno na gravidez e sua influência no crescimento fetal. Rev Simbio-Logias. 2012;5(7):74-86. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-72032012000300003
17. Campos ABF, Pereira RA, Queiroz J, Saunders C. Ingestão de energia e de nutrientes e baixo peso ao nascer: estudo de coorte com gestantes adolescentes. Rev Nutr. 2013;26(5):551-61. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732013000500006.
18. Ferreira HS, Moura, RMM, Assunção MP, Horta BL. Fatores associados à hipovitaminose A em crianças menores de cinco anos. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2013;13 (3): 223-235. DOI: https://doi.org/10.1590/S1519-38292013000300004.
19. Capelli JCS, Pontes JS, Pereira SEA, Silva AAM, Carmo CN, Boccolini CS, et al. Peso ao nascer e fatores associados ao período pré-natal: um estudo transversal em hospital maternidade de referência. Ciênc Saúde Coletiva. 2014;19(7):2063-72. DOI: https://doi. org/10.1590/1413-81232014197.20692013.
20. Liu Y, Dai W, Dai X, Li Z. Prepregnancy body mass index and gestational weight gain with the outcome of pregnancy: a 13-year study of 292,568 cases in China. Arch Gynecol Obstet. 2012;286:905-11. [English]. DOI: 10.1007/s00404-012-2403-6.
21. Nogueira AI, Carreiro MP. Obesidade e gravidez. Rev Med Minas Gerais. 2013; 23(1): 88-98. DOI: http://www.dx.doi. org/10.5935/2238-3182.20130014.
22. Costa GM, Tiburcio JD, De Oliveira VC, Gontijo TL, Guimarães EAA. Determinantes do baixo peso ao nascer a partir das declarações de nascidos vivos. Cienc Enferm. 2014; 20(3):21-31. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95532014000300003.
23. Meller TC, Santos LC. A Influência do Estado Nutricional da Gestante na Saúde do Recém-Nascido. R Bras Ci Saúde. 2009;13(1):33- 40. DOI: https://doi.org/10.25248/reas.e206.2019
24. Almeida AHV, Costa MCO, Gama SGN, Amaral MTR, Vieira GO. Baixo peso ao nascer em adolescentes e adultas jovens na Região Nordeste do Brasil. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2014;14(3):279-86. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292014000300009.
25. Mardones F, García-Huidobro T, Ralph C, Farías M, Domínguez A, Rojas IM, et al. Influencia combinada del índice de massa corporal pregestacional y de la ganancia de peso n el embarazo sobre el crecimiento fetal. Rev Med Chile. 2011;139:710-16. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0034-98872011000600003.

Publicado

2021-06-01

Cómo citar

Cunha Girardi, B., Dourado Silva, L., Alves da Costa Filho, A., Soares Lisboa, C., da Mota Santana, J., & Barbosa dos Santos, D. (2021). Estado antropométrico pré-gestacional e peso ao nascer: Coorte NISAMI: 10.15343/0104-7809.202145233241. O Mundo Da Saúde, 45, 233–241. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1095

Número

Sección

Articles