Áreas prioritárias para controle do abandono do tratamento da tuberculose em Recife, Brasil

10.15343/0104-7809.202145210220

Autores/as

  • Gledsângela Ribeiro Carneiro Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife (PE), Brasil.
  • André Luiz Sá de Oliveira Fiocruz-PE. Recife (PE), Brasil.
  • Eliane Rolim de Holanda Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife (PE), Brasil.
  • Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife (PE), Brasil.
  • Claudia Benedita dos Santos Universidade de São Paulo - USP. Ribeirão Preto (SP). Brasil.
  • Vânia Pinheiro Ramos Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recife (PE), Brasil.

Palabras clave:

Tuberculose. Recusa do paciente ao tratamento. Análise espacial. Educação em saúde. Atenção primária à saúde.

Resumen

A tuberculose encontra-se entre as doenças infecciosas do mundo com alta morbimortalidade. Possui a descontinuidade do tratamento como desafio a ser enfrentado para reduzir os casos de resistência aos fármacos e mortalidade. O objetivo foi identificar áreas prioritárias para o controle dos casos de abandono do tratamento da tuberculose (TB) no município de Recife. Tratou-se de estudo ecológico, realizado com casos novos de TB diagnosticados em Recife e registrados no Sistema de Informação e Agravos de Notificação entre 2012 a 2014. A variável desfecho foi a média da proporção de abandono do tratamento da TB por setor censitário. Para composição desta variável foram geocodificados todos os endereços dos casos novos de tuberculose e os de abandono do tratamento no triênio investigado. Para avaliação da autocorrelação espacial foi utilizado o Índice Global de Moran. Foram registrados e geocodificados 641 casos de abandono. O valor do Índice Global de Moran foi 0,0313816 (p=0,03) e, por meio do Moran Map, foram identificados 153 setores com significância estatística espacial, destes 43 com alta prioridade para intervenção em saúde distribuídos em 21 bairros. Identificou-se áreas prioritárias para o monitoramento da adesão ao tratamento da tuberculose. O uso dos setores censitários permite a realização de intervenções em saúde para melhor qualidade da assistência aos doentes e redução dos desfechos desfavoráveis com racionalidade dos recursos públicos por ser o menor nível de desagregado territorial disponível, dinâmica populacional e socioeconômica semelhante entre os residentes.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

1. World Health Organization (WHO). Global Tuberculosis Report [Internet]. 2020 [Acesso em 04 de março de 2021]. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240013131
2. Ministério da Saúde (BR). Boletim Epidemiológico [Internet] 2020 [Acesso em 04 de março de 2021]. Disponível em: http://www. aids.gov.br/pt-br/pub/2020/boletim-epidemiologico-de-turbeculose-2020
3. Maciel EMGS, Amancio JS, Castro DB, Braga JAU. Social determinants of pulmonary tuberculosis treatment non-adherence in Rio de Janeiro, Brazil. Rev Plos One [Internet]. 2018. Jan 5; 13 91):e0190578. [Acesso em 27 de fevereiro de 2019]. DOI: 10.1371/journal. pone.0190578
4. Sá AMM, Santiago LA, Santos NVS, Monteiro NP, Pinto PHA et al. Causas de abandono do tratamento entre portadores de tuberculose. Rev Soc Bras Clín Méd [Internet] 2017. [Acesso em 18 de março de 2021]. 15(3): 155-160, 20170000. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-875434
5. Paixão LM, Gontijo ED. Profile of notified tuberculosis cases and factors associated with treatment dropout. Rev Saúde Pública [Internet]. 2007. [Acesso em 04 de julho de 2016]. 41(2). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n2/07-5366.pdf
6. Rodrigues ILA, Monteiro LL, Régia HBP, Silva SED. Abandono do tratamento de tuberculose em co-infectados TB/HIV. Revista da Escola de Enfermagem-USP, [Internet]. 2010. São Paulo. [Acesso em 04 de julho de 2016] 44: 2; 383-87. Disponível em: http://www. scielo.br/pdf/reeusp/v44n2/20.pdf.
7. Guimarães MHD. Tuberculose: uma reflexão sobre o papel do enfermeiro na saúde pública. Rev Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento [Internet]. 2017. [Acesso em 04 de julho de 2018];15(2):54-62. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento. com.br/ saude/tuberculose
8. Almeida AS, Lima SVMA, Diniz FS, Silva CC, Ribeiro CJN et al. Conhecimento Enfermeiros da Estratégia Saúde da Família sobre a Tuberculose. Rev Enferm UFPE [Internet]. 2018. [Acesso 10 de fevereiro de 2019]. 12(11):2994-3000. Disponível em: https:// periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/235890/30533
9. Berra TZ, Bruce ATI, Alves YM, Campoy LT, Arroyo LH, Crispim J de A, Alves LS, Arcêncio RA. Fatores relacionados, tendência temporal e associação espacial do abandono de tratamento para tuberculose em Ribeirão Preto-SP. Rev Eletr Enferm [Internet]. 2020. [Acesso em 19 de março de 2021]. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fen/article/view/58883
10. Recife. Governo Municipal. Secretaria de Saúde do Recife, Secretaria Executiva de Coordenação Geral, Gerência Geral de Planejamento. Plano Municipal de Saúde do Recife. 2018-2021. Recife: Secretaria de Saúde; 2018. 1ª ed. 99p. Disponível em:
www2.recife.pe.gov.br › servico › plano-municipal-de-saude
11. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
12. Souza WV, Carvalho MS, Cruz OG, Ragoni V. Análise espacial de dados de áreas. In: Santos SM, Souza WS. Brasil. Ministério da Saúde. Introdução à estatística espacial para a Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz. Brasília: Ministério da Saúde. 2007. 120p.
13. Câmara G, Carvalho MS. Análise espacial de eventos. In: Druck S, Carvalho MS, Câmara G, Monteiro AMV. Análise espacial de dados geográficos [Internet]. 2002. [Acesso em 17 de junho de 2016]. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/analise/.
14 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Censos Demográficos. [Internet]. 2010. [Acesso em 10 de agosto de 2016]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/aglomerados_subnormais_informacoes_territoriais/ default_informacoes_territoriais.shtm
15. Oliveira ALS, Luna CF, Quinino LRM, Magalhães MAFM, Santana VCM. Análise espacial dos homicídios intencionais em João Pessoa, Paraíba, 2011-2016. Epidemiol Serv Saúde [Internet]. 2019. [Acesso em 19 de março de 2021]. 28(1): e2018184. DOI: 10.5123/s1679-49742019000100003.
16 Pinto ML, Silva TC, gomes LCF, Bertolozzi MR, Villavicencio LMM, Azevedo KMFA, Figueiredo TMR. Ocorrência de casos de Tuberculose em Crato, Ceará, no período de 2002 a 2011: uma análise espacial de padrões pontuais. Rev Bras Epidemiologia [Internet]. 2015. [Acesso em 10 de janeiro de 2019]. 18(2): 313-325. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rbepid/2015.v18n2/313- 325/pt.
17 Araújo KMFA, Figueiredo TMRM, Gomes LCF, Pinto ML, Silva TC, Bertolozzi MR. Evolução da distribuição espacial dos casos novos de tuberculose no município de Patos (PB), 2001-2010. Cad Saúde Colet. [Internet]. 2013. [Acesso em 04 de Agosto de 2016]. 21 (3): 296-302. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cadsc/v21n3/v21n3a10.pdf
18 Arroyo LH, Yamamura M, Protti-Zanatta ST, Fusco APB, Palha PF, Ramos ACV, Uchoa AS, Arcêncio RA. Rev Epidemiol Serv Saude [Internet]. 2017.[Acesso 13 de março de 2019]. 26(3):525-534. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ abstract&pid=S2237-96222017000300525&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
19 Silva PF, Moura GS, Caldas AJM. Fatores associados ao abandono do tratamento da tuberculose pulmonar no Maranhão, Brasil, no período de 2001 a 2010. Cad Saúde Pública [Internet]. 2014. [Acesso em 08 de setembro de 2016] Rio de Janeiro 30(8):1745-1754. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v30n8/0102-311X-csp-30-8-1745.pdf
20 Pedro ASP, Gibson Gerusa, Santos JPC, Toledo ML, Sabroza PC, Oliveira RM. Tuberculosis as a marker of inequities in the contexto of socio-spatial transformation. Rev Saúde Pública [Internet]. 2017. [Acesso em 08 de março 2019] 51: 9, 2017. Disponível em: https:// www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102017000100204.
21 Chirinos NEC, Meirelles BHS, Bousfield ABS. Representações sociais das pessoas com tuberculose sobre o abandono do tratamento. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2015. [Acesso em 11 de setembro 2016] 36: 207-214. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472015000500207
22. Harling G, Lima Neto AS, Sousa GS, Machado MMT, Castro MC. Determinants of tuberculosis transmission and treatment abandonment in Fortaleza, Brazil. BMC Public Health [Internet]. 2017. [Acesso em 10 de março de 2021]. 17(1), n 508. DOI:10.1186/ s12889-017-4435-0.

Publicado

2021-05-27

Cómo citar

Ribeiro Carneiro, G., Sá de Oliveira, A. L., Rolim de Holanda, E., Ribeiro de Vasconcelos, E. M., Benedita dos Santos, C., & Pinheiro Ramos, V. (2021). Áreas prioritárias para controle do abandono do tratamento da tuberculose em Recife, Brasil: 10.15343/0104-7809.202145210220. O Mundo Da Saúde, 45, 210–220. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1093

Número

Sección

Articles