A Complexidade da intervenção social segundo gênero e escolaridade do doente renal crónico

10.15343/0104-7809.202145120129

Autores/as

  • Marta Olim Diaverum, Departamento de Serviço Social, Lisboa, Portugal.
  • Sonia Guadalupe Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra (CEISUC). Coimbra, Portugal.
  • Fernanda Daniel Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra (CEISUC). Coimbra, Portugal.
  • Monica Carvalho Diaverum, Departamento de Serviço Social, Lisboa, Portugal.
  • Silvia Rocha Diaverum, Departamento de Serviço Social, Lisboa, Portugal.
  • Fernando Macário Diaverum, Departamento de Serviço Social, Lisboa, Portugal.

Palabras clave:

Gênero, Escolaridade, Doença Renal Crónica, Complexidade, Serviço Social.

Resumen

A elevada prevalência da doença renal crónica e a relevância social do seu tratamento exigem um aprofundamento do conhecimento sobre a população doente, tendo em conta a sua complexidade holística.  O estudo pretendeu analisar os níveis de complexidade no processo de intervenção social com pessoas com doença renal crónica numa perspetiva de gênero e de escolaridade. A amostra integrou 584 doentes com idades compreendidas entre os 19 e os 93 anos, maioritariamente do sexo masculino, casados e com o 1.º ciclo ensino básico. Os participantes, com diagnóstico de doença renal crónica, foram avaliados através de um protocolo que inclui um questionário sociodemográfico e a Matriz de Complexidade Associada ao Processo de Intervenção Social com Doentes Renais Crónicos (MCAPIS_DRC). Encontrou-se uma associação estatisticamente significativa entre os três níveis de complexidade avaliados e as variáveis sexo (p = 0,002, phi = 0,146) e escolaridade (p > 0,001, phi = 0,277). Verificou-se, igualmente, uma interação entre a escolaridade e o índice de complexidade consoante o sexo (F(5, 572) = 6,647 p = < 0,001, ƞp2 = 0,113). As mulheres apresentaram maiores pontuações no índice e as pessoas com maiores níveis de escolaridade pontuam menos no índice. A evidência permite ter uma abordagem diferenciadora na avaliação e intervenção social, priorizando grupos e situações problema.

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Publicado

2021-04-05

Cómo citar

Olim, M., Guadalupe, S., Daniel, F., Carvalho, M., Rocha, S., & Macário, F. (2021). A Complexidade da intervenção social segundo gênero e escolaridade do doente renal crónico: 10.15343/0104-7809.202145120129. O Mundo Da Saúde, 45, 120–129. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1054

Número

Sección

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