A violência laboral sofrida e testemunhada por profissionais de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva
DOI: 10.15343/0104-7809.2018420410821103
Palabras clave:
Violência no Trabalho. Enfermagem. Riscos Ocupacionais.Resumen
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência laboral como qualquer ação ou incidente de cunho voluntário do agressor, com o objetivo de ferir ou assediar fisicamente, verbalmente ou sexualmente, um profissional durante o seu período de trabalho. A Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTIA) é um ambiente que expõe o trabalhador a riscos ocupacionais. Estudos nacionais e internacionais apontam para a violência no trabalho como mais um fator de risco. Esse estudo teve por objetivo identificar a ocorrência de violência no trabalho sofrida e testemunhada por trabalhadores de enfermagem (técnicos e enfermeiros), na UTIA. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem quantitativa. Participaram do estudo os profissionais da enfermagem que trabalhavam em UTI-A. O convite foi enviado por meio das mídias sociais, os participantes responderam a um formulário on-line. Obteve-se como resultado a participação de 359 profissionais de enfermagem, sendo 62,95% Enfermeiros e 37,05% Técnicos de enfermagem. Frente aos tipos de violência a violência verbal foi a mais predominante, sendo sofrida por 73,25% e testemunhada por 69,91% dos profissionais. A violência física foi vivenciada por 25,35% dos participantes e foi testemunhada por 45,40%. O assédio sexual, foi vivenciado por 13,25% e testemunhada por 13,92%. Conclui-se que 93,32% dos profissionais de enfermagem entrevistados sofreram e ou testemunharam violência em seu ambiente de trabalho, sendo um resultado estarrecedor, evidencia a urgência para se implantar medidas preventivas e de redução da violência ao trabalhador da saúde.