Alimentos funcionais: percepção dos consumidores no Distrito Federal, Brasil

10.15343/0104-7809.202145099109

Autores/as

  • Nádia Carolina da Rocha Neves Universidade de Brasília, Brasília/DF, Brasil
  • Vânia Ferreira Roque-Specht Universidade de Brasília, Brasília/DF, Brasil
  • Eduardo Monteiro de Castro Gomes Universidade de Brasília, Brasília/DF, Brasil

Palabras clave:

Aceitação. Mercado. Recompensa. Percepção. Alimentos funcionais. Saúde. Público. Mídia.

Resumen

Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, que quando consumido junto com uma dieta saudável, equilibrada e usual, promovem benefícios à saúde. Entretanto, a divulgação de informações sobre alimentos funcionais através de órgãos governamentais, científicas, mercadológicas, entre outros, tem levado os consumidores a interpretações distintas sobre esse alimento. O objetivo deste estudo foi analisar como os consumidores do Distrito Federal, Brasil, estão interpretando as informações, efeitos e riscos dos alimentos funcionais na saúde. Foi realizada uma pesquisa com 111 respondentes, utilizado survey, com roteiro de entrevista estruturado para a coleta de dados. As questões do roteiro passaram por validação semântica, conteúdo e estatística e os constructos (confiança, medicamento, mídia, necessidade, recompensa e risco) foram avaliados pelos consumidores através da escala Likert de sete pontos. Os consumidores acreditam no efeito benéfico que os alimentos funcionais podem proporcionar à saúde, e os veem como efeito de cura ou de prevenção de doenças. O processo de divulgação de informações sobre os alimentos funcionais deve ser reavaliado em todas as instâncias, governamentais e mercadológicas, para que as informações sejam mais claras e entendíveis para todos. Os relacionamentos entre as variáveis socioeconômicas foram analisados por testes de Qui-quadrado e a percepção de consumidores de alimentos funcionais através do coeficiente de correlação de Pearson. Os testes Qui-quadrado indicaram associações altamente significativas (p<0,001) entre as variáveis estado civil e principal comprador de comida em casa e entre nível de escolaridade e renda familiar. O constructo medicamento foi o único que apresentou relação significativa com todos os demais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

1. Bogue J, Collins O, Troy, AJ. Chapter 2 - Market analysis and concept development of functional foods. In: Bagchi D, Nair S (Eds). Developing New Functional Food and Nutraceutical Products, Cambridge: Academic Press, 2017. p. 29-45, https://doi.org/10.1016/B978-0-12-802780-6.00002-X
2. Annunziata, A; Vecchio, R. Functional foods development in the European market: A consumer perspective. J Funct Foods. 2011; 3(3), 223-228. https://doi.org/10.1016/j.jff.2011.03.011
3. Liakopoulos M, Schroeder D. Trust and functional foods. New products, old issues. Poiesis Praxis. 2003; 2(1): 41–52. https://doi-org.ez54.periodicos.capes.gov.br/10.1007/s10202-003-0032-7
4. Stringheta PC, Muniz JN. (Ed.). Alimentos orgânicos: produção, tecnologia e certificação. Viçosa: UFV; 2003.
5. Díaz LD, Fernández-Ruiz V, Cámara M. The frontier between nutrition and pharma: The international regulatory framework of functional foods, food supplements and nutraceuticals. Crit Rev Food Sci Nutr. 2020; 60(10): 1738-1746. https://doi.org/10.1080/10408398.2019.1592107
6. Araya LH, Lutz RM. Alimentos funcionales y saludables. Rev Chil Nutr. 2003; 30(1): 8-14. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-75182003000100001
7. Iwatani S, Yamamoto N. Functional food products in Japan: A review. Food Sci Hum Well. 2019; 8(2): 96-101. https://doi.org/10.1016/j.fshw.2019.03.011
8. Anvisa. Ministério da Saúde. Portaria n° 398, de 30 de abril de 1999. Dispõe sobre o Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. 1999a. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/prt0398_30_04_1999.html
9. Anvisa. Ministério da Saúde. Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999. Dispõe sobre o Regulamento Referente a Procedimentos para Registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes. 1999b. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/%281%29RES_16_1999_COMP.pdf/4bf63dcb-722b-4b77-849c-9502f544ff49
10. Anvisa. Ministério da Saúde. Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos. 1999c. Disponível em http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RES_18_1999_COMP.pdf/dd30fd35-e7ea-4f8d-be72-ae2e439191b0
11. Anvisa. Ministério da Saúde. Resolução nº 19, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos para Registro de Alimento com Alegação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em sua Rotulagem. 1999d. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RES_19_1999_COMP.pdf/311b03f5-c2f5-4b97-89a8-30331f8145f3
12. Küster-Boluda I, Vidal-Capilla I. Consumer attitudes in the election of functional foods. SJM – ESIC. 2017; 21(S1): 65-79. https://doi.org/10.1016/j.sjme.2017.05.002
13. Ozen A, Bibiloni M, Murcia M, Pons A, Tur J. (2015). Adherence to the Mediterranean diet and consumption of functional foods among the Balearic Islands’ adolescent population. Public Health Nutr, 18(4), 659-668. https://doi.org/10.1017/S1368980014000809
14. Sääksjärvi M, Holmlund M, Tanskanen N. (2009) Consumer knowledge of functional foods, The International Review of Retail, Distribution and Consumer Research. 19(2): 135-156. https://doi.org/10.1080/09593960903109469
15. Bland JM, Altman DG. (1997). Statistics notes: Cronbach's alpha BMJ; 314:572. https://doi.org/10.1136/bmj.314.7080.572
16. Hora HRM, Monteiro GTR, Arica J. (2010). Confiabilidade em questionários para qualidade: um estudo com o coeficiente alfa de Cronbach. Gest Prod., 11(2): 85-103. https://doi.org/10.22456/1983-8026.9321
17. Murphy KR, Davidshofer CO. Psychological testing: Principles and applications. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall; 1988.
18. Dutra-Thomé L, Koller, SH. Emerging Adulthood in Brazilians of Differing Socioeconomic Status: Transition to Adulthood. Paidéia (Ribeirão Preto). 2014; 24(59), 313-322. https://doi.org/10.1590/1982-43272459201405
19. Brasil. Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. 203. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm
20. Urala N, Lähteenmäki L. Attitudes behind consumers' willingness to use functional foods. Food Qual Prefer. 2004; 15(7–8): 793-803. https://doi.org/10.1016/j.foodqual.2004.02.008
21. Kaushal N, Muchomba FM. How Consumer Price Subsidies affect Nutrition. World Dev. 2015; 74: 25–42. https://doi.org/10.1016/j.worlddev.2015.04.006
22. Corvalán C, Garmendia M L, Jones‐Smith J, Lutter CK, Miranda JJ, Pedraza LS, Popkin BM, Ramirez‐Zea M, Salvo D, Stein AD. Nutrition status of children in Latin America. Obes Rev., 2017;18(Suppl.2): 7–18. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/obr.12571
23. Gomes AP, Soares ALG, Gonçalves H. Baixa qualidade da dieta de idosos: estudo de base populacional no sul do Brasil. Ciên Saúde Colet. 2016; 21(11):3417 – 3428. https://doi.org/10.1590/1413-812320152111.17502015
24. Caivano S, Colugnati FAB, Domene SMA. Diet Quality Index associated with Digital Food Guide: update and validation. Cad Saúde Pública. 2019; 35(9): e00043419. https://doi.org/10.1590/0102-311x00043419
25. Alves DC, Ugá, MAD, Portela, MC. Promoção da saúde, prevenção de doenças e utilização de serviços: avaliação das ações de uma operadora de plano de saúde brasileira. Cad Saúde Colet. 2016; 24(2), 153-161. https://doi.org/10.1590/1414-462X201600020199
26. Medina MG, Aquino R, Vilasbôas ALQ, Mota E, Pinto Jr EP, Luz LA, Anjos DSO, Pinto ICM. Promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas: o que fazem as equipes de Saúde da Família?. Saúde debate. 2014; 38(spe): 69-82. https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S006
27. Achutti A. Prevenção de doenças cardiovasculares e promoção da saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2012; 17(1): 18-20. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000100003
28. Melo GRC, Teixeira, AP, Zandonadi RP. Acceptance and perception of gastronomy and nutrition students regarding functional foods. Alim Nutr. 2010; 21 (3): 367-372. Disponível em: http://200.145.71.150/seer/index.php/alimentos/article/view/1226/1226
29. Bloome D. Childhood Family Structure and Intergenerational Income Mobility in the United States. Demography. 2017; 54, 541–569. https://doi.org/10.1007/s13524-017-0564-4
30. Thomas A, Sawhill I. For Love and Money? The Impact of Family Structure on Family Income. The Future of Children, 2005; 15(2), 57-74. [acesso 15 de setembro de 2020]. Disponível em: from http://www.jstor.org/stable/3556563
31. Hollis-Hansen K, Seidman J, O'Donnell S, Epstein LH. Episodic future thinking and grocery shopping online. Appetite. 2019; 133:1-9. https://doi.org/10.1016/j.appet.2018.10.019
32. Gram, M. Buying Food for the Family: Negotiations in Parent/Child Supermarket Shopping: An Observational Study from Denmark and the United States. J Contemp Ethnogr. 2015, Vol. 44(2) 169–195. https://doi.org/10.1177/0891241614533125
33. Dallazen C, Fiates GMR. Brazilian parents’ perceptions of children's influence on family food purchases. Brit Food J. 2014; 116(12): 2016-2025. https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/BFJ-05-2013-0126/full/html
34. Sousa LKS, Roque-Specht VF, Gomes, EMC. (2020). Principais Direcionadores de Compra de Carnes em Hipermercados. Rev Adm Contemp. 24(4), 335-348.https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2020190097
35. Pereira RC, Angelis-Pereira MC, Carneiro JdDS. Exploring claims and marketing techniques in Brazilian food labels. Brit Food J. 2019; 121(7): 1550-1564. https://doi.org/10.1108/BFJ-08-2018-0516
36. Huang L, Bai L, Gong S. The effects of carrier, benefit, and perceived trust in information channel on functional food purchase intention among Chinese consumers. Food Qual Prefer. 2020; 81:103854. https://doi.org/10.1016/j.foodqual.2019.103854
37. Di Pasquale J, Adinolfi F, Capitanio F. Analysis of Consumer Attitudes and Consumers’ Willingness to Pay for Functional Foods. Int J Food Syst Dyn. 2011; 2(2): 181-193. http://centmapress.ilb.uni-bonn.de/ojs/index.php/fsd/article/view/227
38. Karelakis C, Zevgitis P, Galanopoulos K, Mattas K. Consumer Trends and Attitudes to Functional J Int Food Agribusiness Mark. 2020; 32(3): 266-294. https://doi.org/10.1080/08974438.2019.1599760

Publicado

2021-03-22

Cómo citar

da Rocha Neves, N. C., Ferreira Roque-Specht, V., & Monteiro de Castro Gomes, E. (2021). Alimentos funcionais: percepção dos consumidores no Distrito Federal, Brasil: 10.15343/0104-7809.202145099109. O Mundo Da Saúde, 45, 099–109. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1043

Número

Sección

Articles