Fatores associados às incapacidades físicas de hanseníase: um estudo transversal
10.15343/0104-7809.202145089098
Palabras clave:
Hanseníase; Saúde Pública; Epidemiologia.Resumen
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que pode gerar incapacidade física, classificada de acordo com graus que variam de 0 a II. O objetivo desta pesquisa foi avaliar fatores relacionados ao grau de incapacidade física (GIF) dos casos de hanseníase. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e retrospectivo, com dados de notificação de hanseníase com GIF de Rondonópolis (MT) (2009 a 2018). Foi utilizada estatística descritiva e teste qui-quadrado de Pearson para associações (nível de significância 5%). Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética (Parecer:3.036.673). Foram 1633 notificações de hanseníase, com predomínio do GIF Zero (60,32%). As características sociodemográficas que predominaram foram: sexo masculino (58%), raça parda (55,66%), faixa etária 20 aos 59 anos (72,81%), ensino fundamental (50,83%) e procedentes da zona urbana (90,39%). As características epidemiológicas predominaram: forma clínica dimorfa (70,3%), classificação operacional multibacilar (84,81%), esquema terapêutico PQT/MB 12 doses (83,77%), modo de detecção demanda espontânea (39,13%) e tipo de alta por cura (79,98%). O grau zero de incapacidade física representou 60,32% dos casos e destes, 53,97% obtiveram-se lesões cutâneas e 32,72% dos nervos afetados. Com exceção das variáveis número de lesões cutâneas e de nervos afetados, as demais apresentaram significância estatística. Conclui-se que é necessário que sejam eficientes a busca ativa de casos de hanseníase e a notificação, com vistas ao diagnóstico precoce e tratamento adequado, evitando a ocorrência de incapacidades físicas.
Descargas
Citas
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: SVS, 2019. [acesso em 10 de fev de 2020]. Disponível em https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/junho/25/guia-vigilancia-saude-volume-unico-3ed.pdf
3. Organização Mundial da Saúde. Global leprosy update, 2018: moving towards a leprosy free world. Weekly Epidemiological Record, Genebra: WHO, 2019. 94:389-412. [acesso em 10 de fev de 2020]. Disponível em: https://apps.who. int/iris/bitstream/ handle/10665/326775/WER9435-36-en-fr.pdf?ua=1
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico de Hanseníase. Brasília: SVS, 2020. [acesso em 02 de fev de 2020]. Disponível em http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/boletim-epidemiologico-de-hanseniase-2020
5. Ribeiro MDA, Silva JCA, Oliveira SB. Estudo epidemiológico da hanseníase no Brasil: reflexão sobre as metas de eliminação. Rev Panam Salud Publica 2018; 42(42): 1-7. [acesso em 12 de fev de 2020]. Disponível em: https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.42
6. Santos DAS, Spessatto LB, Melo LS, Olinda RA, Lisboa HCF, Silva MS. Prevalência de casos de Hanseníase. Rev Enferm UFPE online 2017; [acesso em 12 de fev de 2020]. 11(supl. 10): 4045-4055. Disponível em: DOI: 10.5205/reuol.10712-95194-3-SM.1110sup201706
7. Santos DAS, Santos SB, Ribeiro NRS, Goulart LS, Olinda RA. Trends of leprosy in children under fifteen years in Rondonópolis-MT (2007 to 2016). O Mundo da Saúde. 2018; [acesso em 15 de fev de2020] 42(4): 1032-1049. Disponível em: DOI: 10.15343/0104-7809.2018420410321049
8. Sousa TJ, Cruz Neto LR, Lisboa HCF. Perfil epidemiológico de hanseníase em Rondonópolis/MT: 2001 A 2010. Revista Saúde- Santa Maria 2018; [acesso em 12 de fev de 2020] 44(3): 1-10. Disponível em: DOI: 10.5902/2236583419084
9. Brasil. Ministério da Saúde. Banco de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Brasília: CNES, 2020. [acesso em 02 de fev de 2020]. Disponível em: http://cnes.datasus.gov.br/pages/estabelecimentos/consulta.jsp
10. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna: Austria. [acesso em 02 de fev de 2020]. Disponível em: http://www.R-project.org/. 2020.
11. Brasil. Portaria nº 466/2012 de dezembro de 2012. Cria no Conselho Nacional de Saúde, as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa com Seres Humanos. Diário Oficial da União de 13 de junho de 2013. [acesso em 02 de fev de 2020]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html
12. Ceará. Coordenadoria de Vigilância em Saúde. Núcleo de Vigilância Epidemiológica. Secretária da Saúde do Estado do Ceará. Boletim Epidemiológico de Hanseníase. Fortaleza: SES, 2018. [acesso em 06 de fev de 2020]. Disponível em: https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/Boletim-2018_Cear%C3%A1-revisado-FINAL.pdf
13. Souza CRS, Feitosa MCR, Pinheiro ABF, Cavalcante KKS. Aspectos epidemiológicos da hanseníase em um município nordestino do Brasil. Rev Bras Promoç Saúde. 2019; 32: 1-10. [acesso em 18 de fev de 2020]. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.5020/18061230.2019.9469
14. Oliveira JCF, Leão AMM, Britto FVS. Análise do perfil epidemiológico da hanseníase em Maricá, Rio de Janeiro: Uma contribuição da enfermagem. Rev enferm UERJ. 2014; 22(6): 815-821. [acesso em 18 de fev de 2020]. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.12957/reuerj.2014.13400
15. Morais JR, Furtado ÉZL. Grau de incapacidade física de pacientes com Hanseníase. Rev enferm UFPE on line. 2018; 12(6): 1625-1632. [acesso em 18 de fev de 2020]. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i6a231049p1625-1632-2018
16. Silva JSR, Palmeira IP, Sá AMM, Nogueira LMV, Ferreira AMR. Variáveis clínicas associadas ao grau de incapacidade física na hanseníase. Rev Cuid. 2019; 10(1): 1-12. [acesso em 19 de fev de 2020]. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.15649/cuidarte.v10i1.618
17. Neves TV, Valentim IM, Vasconcelos KB, Rocha ESD, Nobre MSRS, Castro JGD. Perfil de pacientes com incapacidades físicas por hanseníase tratados na cidade de Palmas – Tocantins. Revista Eletrônica Gestão & Saúde. 2013; 4(2): 2016-2025. [acesso em 1 de mar de 2020]. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/239/228
18. Mendes AO, Costa CEG, Silva RC, Campos AS, Cunha VMG, Silva GC. et al. Caráter clínico-epidemiológico e grau de incapacidade física nos portadores de hanseníase no município de Barbacena – MG e macrorregião no período de 2001 a 2010. Rev Med Minas Gerais. 2014; 24(4) 486-494. [acesso 11 de mar de 2020]. Disponível em: DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20140140
19. Queiroz TA, Carvalho FPB, Simpson CA, Fernandes ACL, Figueiredo DLA, Knackfuss MI. Perfil clínico e epidemiológico de pacientes em reação hansênica. Revista gaúcha de Enfermagem. 2015; 36: 185-191. [acesso em 15 de mar de 2020]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2015.esp.57405
20. Palú FH, Cetolin SF. Perfil clinico epidemiológico dos pacientes com hanseníase no extremo oeste catarinense, 2004 a 2014. Arq. Catarin Med 2015; [acesso em 25 de fev de 2020] 44(2): 90-98. Disponível em file:///C:/Users/User/Downloads/29-53-1-SM.pdf
21. Silva DDB, Tavares CM, Gomes NMC, Cardoso AC, Arcêncio RA, Nogueira PSF. A hanseníase na população idosa de Alagoas. Rev Bras de Geriatr Gerontol 2018; [acesso em 28 de fev 2020] 21(5): 573-581. https://doi.org/10.1590/1981-22562018021.180076
22. Oliveira MHP, Romanelli G. Os efeitos da hanseníase em homens e mulheres: um estudo de gênero. Cad Saude Publica. 1998;14(1):51-60. https://doi.org/10.1590/S0102-311X1998000100013
23. Portela NLC, Sousa PHL, Melo LNL. Fatores associados à incapacidade física de casos novos de hanseníase em paço do Lumiar – MA, de 2006-2015. Hygeia 2018; [acesso em 28 de fev de 2020] 14(27): 80-88. Disponível em: https://doi.org/10.14393/Hygeia142706
24. Silva JSR, Palmeira IP, Sá AMM, Nogueira LMV, Ferreira AMR. Fatores sociodemográficos associados ao grau de incapacidade física na hanseníase. Rev Cuid 2018; [acesso em 28 de fev de 2020] 9(3): 1-11. Disponível em: http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v9i3.548
25. Silva MS, Silva EP, Monteiro FF, Teles SF. Perfil clínico-epidemiológico da hanseníase no estado do Acre: estudo retrospectivo. Hansen Int. 2014; 39(2): 19-26. [acesso em 27 de fev de 2020]. Disponível em: http://hi.ilsl.br/download.php?id=imageBank/v39n2a03.pdf
26. Costa LA, Borba-Pinheiro CJ, Reis JH, Reis Junior SH. Análise epidemiológica da hanseníase na microrregião de Tucuruí, Amazônia brasileira, com alto percentual de incapacidade física e de casos entre jovens. Rev Pan-Amaz Saúde 2017; [acesso em 28 de fev de 2020] 8(3): 9-17. Disponível em: doi: 10.5123/S2176-62232017000300002
27. Ribeiro GC, Lana FCF. Incapacidades físicas em hanseníase: caracterização, fatores relacionados e evolução. Cogitare Enfermagem 2015; [acesso em 28 de fev de 2020] 20(3): 496-503. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/41246-162513-1-PB.pdf
28. Uchôa REMN, Brito KKG, Santana EMF, Soares VL, Silva MA. Perfil clínico e incapacidades físicas em pacientes com hanseníase. Rev Enferm UFPE online 2017; [acesso em 2 de mar de 2020] 11(supl. 3): 1464-1472. Disponível em: DOI: 10.5205/reuol.10263-91568-1-RV.1103sup201719
29. Reis MC, Raposo MT, Alencar CHM, Ramos Junior NA, Heukelbach J. Incapacidades físicas em pessoas que concluíram a poliquimioterapia para hanseníase em Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Acta Fisiatrica 2018; [acesso em 2 de mar de 2020] 25(2): 78-85. Disponível em: DOI: 10.11606/issn.2317-0190.v25i2a162582
30. Viana LS, Aguiar MIF, Aquino DMC. Perfil socioepidemiológico e clínico de idosos afetados por hanseníase: contribuições para enfermagem. Rev. fundam. care. online. 2016; [acesso em 2 de mar de 2020] 8(2): 4435-4446. Disponível em: DOI: 10.9789/2175-5361.2016.v8i2.4435-4446
31. Loures LF, Mármora CHC. Suporte e participação social em indivíduos com hanseníase. O mundo da saúde. 2017; [acesso em 3 de mar de 2020] 41(2): 244-252. Disponível em: DOI: 10.15343/0104-7809.20174102244252
32. Pires AR, Barboza R. Sensibilização de profissionais da saúde para a redução de vulnerabilidades programáticas na hanseníase. O mundo da saúde. 2015; [acesso em 3 de mar de 2020] 39(4): 484-494. Disponível em: DOI: 10.15343/0104-7809.20153904484494