Tendência temporal da inserção de nutricionistas no Sistema Único de Saúde segundo regiões do Brasil no período de 2009 a 2018
10.15343/0104-7809.202145024033
Palabras clave:
Nutricionistas. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Vigilância Nutricional. Atenção à Saúde.Resumen
O campo científico da nutrição emerge com maior intensidade no início do século XX, sendo considerado um fenômeno relativamente recente. No Brasil, a formação do nutricionista teve início na década de 1940, quando se obteve a primeira geração de médicos nutrólogos e a criação dos quatro primeiros cursos do país. Estudos sobre a inserção dos nutricionistas no âmbito do SUS são escassos. Assim, o presente artigo tem por objetivo avaliar a tendência temporal da inserção de nutricionistas nos Sistema Único de Saúde no período de 2009 a 2018. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, realizado a partir de dados secundários fornecidos pelo IBGE e CNES. A análise dos dados possibilitou a obtenção da quantidade e distribuição de nutricionistas por região/unidade da federação e ano de competência. A tabulação dos dados foi realizada no TabWin versão 4.15 e as análises foram realizadas com o uso dos Softwares Microsoft Excel 2016® e Stata 15.0. Observou-se uma tendência temporal de aumento do número de nutricionistas no país com velocidade maior de crescimento na região nordeste e menor na região sudeste, que registrou a maior densidade de profissionais. A região norte apresentou o menor número de nutricionistas. Acredita-se que o perfil observado pode estar relacionado com a oferta salarial, com características específicas e com a intensidade de criação dos cursos de nutrição em cada região.
Descargas
Citas
2. Vasconcelos F de AG de. O nutricionista no Brasil: uma análise histórica. Rev Nutr. agosto de 2002;15(2):127–38. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732002000200001.
3. Arouca AS da S. Democracia é saúde. In: CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 8. Anais da 8a Conferência Nacional de Saúde. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde. 1986;35–42.
4. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Brazil), organizador. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. 3a. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde; 2009. 447 p. (Série F--Comunicação e educação em saúde).
5. Brasil. Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. [Internet]. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
6. Mendes EV. A construção social da atenção primária à saúde. Brasília: Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS. 2015;194.
7. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde,; 2011. 549 p.: il.
8. Recine E, Leão M, Carvalho M de F. O papel do nutricionista na atenção primária à saúde [organização Conselho Federal de Nutricionistas]. - Brasília, DF. 2015;(3).
9. Recine E, Mortoza AS. Consenso sobre habilidades e competências do nutricionista no âmbito da saúde coletiva. Brasília. Obs Políticas Segur E Nutr. 2014;64.
10. Cervato-Mancuso AM, Tonacio LV, Silva ER da, Vieira VL. A atuação do nutricionista na Atenção Básica à Saúde em um grande centro urbano. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. dezembro de 2012 [citado 13 de agosto de 2020];17(12):3289–300. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012001200014&lng=pt&tlng=pt. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012001200014
11. Mais LA, Domene SMÁ, Barbosa MB, Taddei JA de AC. Formação de hábitos alimentares e promoção da saúde e nutrição: o papel do nutricionista nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF. Rev APS. 2015;abr/jun(18(2)):248–55.
12. Mattos PF, Neves A dos S. A importância da atuação do nutricionista na Atenção Básica à Saúde. Rev Práxis. 2009;(2):11–5.
13. Conselho Federal de Nutricionistas. Nutricionista como agente de promoção da saúde [Internet]. CFN. 2016 [citado 13 de agosto de 2020]. Disponível em: /index.php/nutricao-na-midia/nutricionista-como-agente-de-promocao-da-saude/
14. Conselho Federal de Nutricionistas. RESOLUÇÃO CFN No 600, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2018. Texto retificado em 23 de maio de 2018. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de referência, por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências. 2018.
15. Brasil. Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Série B. Textos Básicos de Saúde. 2013;1. reimpr.(1a):84.
16. Conselho Federal de Nutricionistas. Estatística - Quadro estatistico anual por trimestre. [Internet]. CFN. 2020 [citado 2 de março de 2020]. Disponível em: https://www.cfn.org.br/index.php/estatistica/
17. Brasil. Ministério da Saude. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde [Internet]. 2020 [citado 15 de janeiro de 2020]. Disponível em: http://cnes.datasus.gov.br/pages/profissionais/extracao.jsp
18. IBGE. Tabela 6579: População residente estimada [Internet]. 2020 [citado 4 de março de 2020]. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6579
19. Recine E, Gomes RCF, Fagundes AA, Pinheiro AR de O, Teixeira B de A, Sousa JS de, et al. A formação em saúde pública nos cursos de graduação de nutrição no Brasil. Rev Nutr [Internet]. fevereiro de 2012 [citado 29 de dezembro de 2020];25(1):21–33. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732012000100003&lng=pt&tlng=pt. https://doi.org/10.1590/S1415-52732012000100003.
20. Haddad AE, Morita MC, Pierantoni CR, Brenelli SL, Passarella T, Campos FE. Formação de profissionais de saúde no Brasil: uma análise no período de 1991 a 2008. Rev Saúde Pública [Internet]. junho de 2010 [citado 29 de dezembro de 2020];44(3):383–93. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000300001&lng=pt&tlng=pt. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000015.
21. Neves J das, Zanlourensi CB, Domene SMÁ, Batista B, Calado CL de A, Vasconcelos F de AG de. Eighty years of undergraduate education in nutrition in Brazil: An analysis of the 2009-2018 period. Rev Nutr. 2019;32:e180158. http://dx.doi.org/10.1590/1678-9865201932e180158.
22. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. ObservaRH-IMS. Estação de Trabalho da Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro [Internet]. 2013 [citado 15 de março de 2020]. Disponível em: http://www.obsnetims.org.br/uploaded/4_7_2013__0_Nutricao.pdf
23. Vasconcelos F de AG de, Calado CL de A. Profissão nutricionista: 70 anos de história no Brasil. Rev Nutr. agosto de 2011;24(4):605–17.
24. Gabriel CG, Oliveira JTC de, Silva BL, Fagundes AA, Silva TC, Soar C. Nutritionist’s job market: 80 years of history. Rev Nutr. 2019;32:e180162.
25. Brasil. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. [Internet]. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
26. Conselho Federal de Nutricionistas. Perfil dos nutricionistas do Brasil. [Internet]. 2019 [citado 20 de março de 2020]. Disponível em: http://pesquisa.cfn.org.br/.
27. Brasil. Cadastro e-MEC de Instituições e Cursos de Educação Superior. Relatório Cursos de Nutrição. [Internet]. 2020 [citado 20 de março de 2020]. Disponível em: http://emec.mec.gov.br/
28. Pinheiro AR de O, Recine E, Alencar B de, Fagundes AA, Sousa JS de, Monteiro RA, et al. Percepção de professores e estudante em relação ao perfil de formação de nutricionista em saúde pública. Rev Nutr. outubro de 2012;25(5):632–43. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732012000500008.
29. Akutsu R de C. Brazilian dieticians: professional and demographic profiles. Rev Nutr. fevereiro de 2008;21(1):7–19. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732008000100002.
30. Gambardella AMD, Ferreira CF, Frutuoso MFP. Situação profissional de egressos de um curso de nutrição. Rev Nutr. abril de 2000;13(1):37–40. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732000000100005.
31. Miranda DEG de A, Pereira CHC, Paschoini TB, Quaglio T. O perfil de atuação dos ex-alunos do curso de nutrição de uma universidade do interior paulista. Investigação. 2010;10:54–9. https://doi.org/10.26843/investigacao.v10i2-3.307.
32. Assis AMO, Santos SMC dos, Freitas M do CS de, Santos JM, Silva M da CM da. O Programa Saúde da Família: contribuições para uma reflexão sobre a inserção do nutricionista na equipe multidisciplinar. Rev Nutr. setembro de 2002;15(3):255–66. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732002000300001
33. Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PORTARIA No 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 [Internet]. 2020 [citado 26 de agosto de 2020]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt0154_24_01_2008.html
34. Borelli M, Domene SMÁ, Mais LA, Pavan J, Taddei JA de AC, Borelli M, et al. A inserção do nutricionista na Atenção Básica: uma proposta para o matriciamento da atenção nutricional. Ciênc Amp Saúde Coletiva. setembro de 2015;20(9):2765–78. https://doi.org/10.1590/1413-81232015209.13902014.
35. Brasil. Ministério da saúde. Plano nacional de alimentação e nutrição 2015-2020. [Internet]. [citado 14 de abril de 2020]. Disponível em: https://www.minsaude.gov.cv/index.php/documentosite/331-plano-nacional-alimentacao-e-nutricao-2015-2020/file